venerdì 7 settembre 2007

Nunca Vou Conseguir Entender

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Esta aki um comentário do meu amigo Paulo Brabo sobre uma matéria que saiu em um Jornal cristão.

Mas desta vez o que queria mesmo ressaltar foi a resposta que um leitor do site do Brabo postou estão ambas aki em baixo.

Lemos pensando no amor de Jesus.


14 de Maio de 2004

Bom Senso Zero

Fé e Crença

Seria engraçada se não fosse acintosa (e aparentemente séria) a idéia de João José Soares Filho, publicada nO Jornal Batista do último 25 de abril, de falar mal do programa Fome Zero do governo Lula acenando com uma interpretação muito rasa das palavras de Jesus.

Uma coisa é exprimir uma opinião política, outra é falar mal de uma iniciativa até meritória com um raciocínio sem fundamento e sem bom senso. Não sou o fã número 1 do programa Fome Zero, mas não escondo que fico envergonhado de ver o governo tentando fazer o que os cristãos deveriam estar fazendo.

José Soares, da 2a Igreja Batista de Nova Friburgo, parece ser de opinião que a fome não deve ser combatida pela excelente razão que Jesus disse que é necessário que haja fomes (Mateus 24.4,7). Ele diz que o programa Fome Zero é uma “utopia” porque a fome “nunca será vencida”. Segundo Soares, esses que tentam combater a fome “não dão importância às palavras de Jesus” – caso contrário, fica claro, não estariam ousando fazer uma barbaridade dessas.

Esse raciocínio, além de raso, é perigoso. É como dizer que não vale à pena combater o pecado, porque a Bíblia diz que todos pecaram. É como dizer que é uma afronta a Deus tentar viver uma vida justa, porque a Bíblia diz que não há justo, nem um sequer. É um argumento falso e inconsistente: um sofisma.

Basta usar o bom senso para ver que não é porque a Bíblia afirma que todos pecaram que Deus não exige uma vida sem pecado. Que não é porque a Bíblia diz que ninguém é justo que alguém deva viver em injustiça. Não é porque Jesus diz que é necessário que haja fome que a fome não deva ser combatida.

O cumprimento da profecia não justifica o pecado nem a omissão. Quem leva a sério as palavras de Jesus deveria estar fazendo o que ele fez e o que ele mandou.

É um escândalo ouvir alguém dizer que a fome não deve ser combatida, ainda mais com a desculpa de que Jesus disse que ela é necessária. Jesus também disse que é necessário que haja escândalos, mas não fica por aí. Ele completa: ai daquele pelo qual o escândalo vier.



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2 Comentários a respeito de "Bom Senso Zero"


Shayllon Marinho

O racio-símio de João José Soares Filho é tipicamente norte-americano. Nem acredito que seja um brasileiro versando sobre o problema da fome.

Não pude me conter ao ler esse texto sem poder comentá-lo.

Peter John Kreeft, um dos entrevistados por Lee Strobel para a confecção do livro “Em Defesa da Fé”, faz um belo tratado sobre o sofrimento, defendendo uma apologética afirmativa de que não haveria livre-arbítrio legítimo se não houvesse sofrimento no mundo.

Confrontado pelo entrevistador a respeito de uma foto na revista Life, sua resposta me deixou boquiaberto.

A foto da revista trazia uma mulher negra do norte da África. Estavam sofrendo uma seca devastadora, e ela segurava nos braços o seu bebê morto que olhava para o céu com a expressão mais desolada. O então pastor Charles Templeton, colega de pregação de Billy Graham, viu tal foto e se perguntou: ‘É possível acreditar que existe um Criador amoroso e caridoso quando tudo que esta mulher precisava era de chuva?’. Tal fato levou Templeton ao agnosticismo, lançando seu livro ‘Farewell to God’.

A defesa de Kreeft para tal evento foi fazer a seguinte pergunta: ‘Como pode um simples ser humano finito estar certo de que a sabedoria infinita não toleraria certos males de curta duração a fim de alcançar bens de maior amplitude que não poderíamos prever?’

Confesso, Brabo, que não achei o argumento convincente. O problema do sofrimento tornou-se para mim, uma das dúvidas SECUNDÁRIAS para abraçar Jesus como meu Salvador. Entretanto, já não era mais uma objeção. Era somente uma dúvida. Encontrei mais respostas sobre a dor e o sofrimento no ‘Alma Sobrevivente’, de Yancey, que nesse ‘Em Defesa da fé’.

O que me deixou boquiaberto foi esse trecho:

“Se ela(a mulher africana da foto) estivesse aqui exatamente agora – o que o senhor lhe diria?

– Nada.
– Nada?
– Não, em princípio deixaria que ela se abrisse comigo… Ver a sua dor. Sentir a sua dor. O que se deve fazer com a dor é penetrar nela, conviver com ela, e aí você aprende alguma coisa.”

Pessoal, em outras palavras, só faltou Kreeft dizer que usaria a mulher africana como cobaia em um experimento científico. Quer dizer que a única coisa que devemos fazer com quem sofre é ouvir com o intuito de aprender, para sairmos de nossa “bolha de conforto”? Isso não me pareceu uma atitude cristã.

Eu já vi a imagem daquela mulher africana, com o bebê morto nos braços. Já vi a imagem daquele menino com um olhar fixo na câmera, enquanto moscas pousavam em seus olhos. Lembro-me com vivacidade dos sofrimentos na Etiópia e em nosso Nordeste brasileiro.

Entendi a posição de Kreeft quanto a dar conforto e consolo emocional a alguém que sofre. Paulo Brabo já fez isso por mim. Mas ele poderia ter respondido à pergunta de Lee que, quanto àquela mulher, ele a alimentaria, a susteria, a ajudaria como os cristãos primitivos o faziam, independente do credo dos que sofrem. Ele teria sido mais feliz em dizer que se preocuparia em ajudá-la em suas necessidades físicas. Afinal, é claro que nem só de toda palavra vive o homem, mas de pão também. E amor não enche barriga. A resposta de Kreeft, lamentavelmente, é tipicamente norte-americana.

E João José Soares Filho anda lendo Apologética Cristã norte-americana demais, sem trazê-la à realidade.

15.11.04 às 17:54

2 commenti:

  1. Mateus 25 soluciona essa questão e expõe como malditos os adotantes de algumas posições aqui.

    41 Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: APARTAI-VOS DE MIM, MALDITOS, PARA O FOGO ETERNO, PREPARADO PARA O DIABO E SEUS ANJOS;
    42 Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
    43 Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
    44 Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
    45 Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.

    Sobre o sofrimento, recomendo "Transforma meu Pranto em Dança" de Henry Nouween e "O Problema do Sofrimento" de C.S.Lewis

    Jonas Santana Pereira

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  2. Concordo plenamente.
    Mas se fizemos uma conta,no mundo evangélico, acho que dos que nos entendemos como malditos tem bem mais que 50%.

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