giovedì 27 dicembre 2007

Faltou ...igrejas.....

Sobre pessoas e porcos.
Ricardo Gondim

Era uma vez, uma cidadezinha chamada Gadara que era muito, mas muito pequena. Gadara ficava na fronteira entre dois países. Bastava atravessar a rua e do outro lado já se falava uma língua esquisita e comiam-se outros tipos de alimentos. O trânsito entre as pessoas nessa fronteira não facilitava só as trocas comerciais, as relações entre os habitantes tornavam-se crescentemente cordiais; as crianças dos dois países não cresciam apenas bilíngües, mas transculturais.

Um belo dia, Jesus de Nazaré resolveu visitar esse lugarejo esquecido de todos. Tomou um barco e viajou o dia inteiro para cruzar o lago que o separava do lugar onde vivia. Logo que aportou em Gadara, um lunático, possesso de uma legião de bichos-ruins veio ao seu encontro.

O estado deste anônimo cidadão era deplorável. Imundo, vivia em cemitérios tenebrosos. Nunca se soube qualquer coisa sobre seus familiares, seus traumas e feridas da adolescência ou das suas perversões morais. Como ele se pervertera tanto? Ninguém sabia e todos se conformavam com a sua decadência.

Espalharam-se versões cada vez mais alarmantes de sua força descomunal. Algumas vezes preso, ele ressurgia solto para aterrorizar a meninada que, com certeza, recontava e aumentava a história do “monstro dos sepulcros”. À noite ouviam-se seus gritos.

O gadareno queria ser livre; procurava sua vida de volta, mas não conseguia encontrá-la. No desespero de arrancar de dentro da alma tanta degradação, ele desenvolvera manias auto-destrutivas. Pela manhã, era comum vê-lo retalhado por cortes feitos com pedras.

Jesus dialogou com os demônios que o possuíam. Na curta conversa, desde que deixassem o doido em paz, a legião de demônios obteve de Cristo permissão para possuír uma vara de porcos que pastava nas redondezas. Quando os demônios entraram nos porcos, eles se desesperaram e se precipitaram num abismo.

Conta-se que os que cuidavam dos porcos fugiram. Ao narrarem esses fatos na cidade, o povo foi ver o que havia acontecido. A surpresa foi absoluta. Todos testemunharam o homem que fora possesso da legião de demônios assentado, vestido e em perfeito juízo.

A notícia correu e quando os curiosos relataram o que acontecera tanto ao gadareno como aos porcos, o povo da cidade reuniu-se para expulsar Jesus dali. Não teve jeito, o Nazareno viu-se obrigado a retirar-se do território.

Estranho! Enquanto um ser humano era destruído por forças satânicas, ninguém tomou nenhuma providência para resgatá-lo. O clube do Rotary não mobilizou os empresários ricos para ajudarem; padres, pastores e rabinos aquietaram suas congregações com boas explicações teológicas; os políticos prometeram ações concretas só para o próximo ano fiscal; nenhuma ONG se formou para minorar seu sofrimento. O pobre mendigo continuava preso, acorrentado a forças maiores do que ele.

No instante em que se constatou o prejuízo financeiro, porém, tornou-se necessário que se expulsasse Jesus. Ele ameaçava o equilíbrio econômico da região: “our life style cannot be theatened”, repetiam.

Contudo, antes de partir, Jesus deixou uma lição de moral para aquela comunidade judaica (proibida desde sua formação de tocar, criar ou comercializar porcos): “que vergonha, vocês aprenderam a amar porco mais do que amam uma pessoa!”.

Gadara é metáfora do mundo. As nações continuam amando porcos mais do que amam mulheres e homens. Lógico que um cavalo de raça vale mais do que uma criança liberiana. Um ancião palestino não tem a mesma importância que um poodle texano. Não resta dúvida: as vacas leiteiras inglesas são protegidas com mais denodo do que as meninas usadas pelo tráfico internacional da pedofilia.

Enquanto os religiosos vociferam seus mais entusiasmados sermões, enquanto os políticos se revezam em seus debates sobre o futuro da humanidade, enquanto os banqueiros multiplicam seus lucros, muitos pobres precisam ser restituídos à vida e terem de volta sua dignidade para poderem abraçar seus familiares.

A história continua e Jesus de Nazaré permanece um estorvo. Enquanto ele considera que uma alma vale mais do que o mundo inteiro, as nações mantêm essa esquisita predileção pelos porcos.

Soli Deo Gloria.

martedì 25 dicembre 2007

Uma pessoa que amo falando sobre o que escreveu outra pessoa que amo....

Jesus ou João, qual destes exemplos temos seguido?

Autor: Pastor Paulo Solonca
21/12/2007

A leitura de um artigo do Autor que usa o pseudônimo Paulo Brabo me levou a uma reflexão impressionante. É interessante traçar um paralelo entre o nascimento e a vida destes dois primos: João Batista e Jesus.
Desde o momento em que o bebê salta no ventre de Isabel diante da chegada de Maria, o relacionamento de Jesus com João parece apontar para dois tipos distintos de homens de Deus que viriam a ser.
João, seguramente cresceu sabendo que ele seria aquele que prepararia o caminho para o Messias, o salvador dos homens. Contudo, parece não ter chegado a entender totalmente a peculiaridade do primo Jesus.
Apesar de o ter se pronunciado, declarando com todas vãs letras quando Jesus aparece diante dele para ser batizado: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e apesar de ter visto o Espírito descendo sobre Jesus como uma pomba...
Anos depois João estranha a conduta do primo Jesus a ponto de mandar perguntar, da prisão de onde estava, se Jesus era "mesmo aquele que estávamos esperando, ou se devemos esperar por outro".
Jesus não ficou triste com aquela dúvida, apenas pediu para que os mensageiros de João voltassem e contassem o que tinham visto, ou seja, os cegos passavam a enxergar, os surdos ouviam, os paralíticos andavam.
Quando Jesus falava sobre João Batista, só partiam elogios: João é o maior de todos profetas; não era um caniço que se deixa dobrar pelo vento; Na opinião de Jesus João Batista era o homem mais notável que jamais fora concebido.
João é o último habitante legítimo de um mundo que Jesus veio abolir.

Existe um contraste impressionante entre a vida e a postura e os valores entre Jesus e João batista.

Embora tenham angariado quase simultaneamente a reputação de homem de Deus, os detalhes da narrativa parecem servir apenas para salientar a intransponível distância entre as posturas de Jesus e João.
João Batista vive nos desertos: é o asceta, o homem que se afasta deliberadamente do mundo e enxerga esse afastamento como a porção mais essencial da sua missão.
Ele é "a voz que clama no deserto" - deserto onde não há ninguém e onde por isso ninguém pode ouvir, a não ser quem repete o trajeto, afastando-se do mundo para ouvir como João afastou-se para falar. João Batista veste seu afastamento visivelmente, causando espanto pela maneira estranha como se vestia - (toque grosseiro do pêlo de camelo).
João não bebia, não aceitava convites, não freqüentava pecadores; não comia pão e vinho e sua dieta era de gafanhotos e mel silvestre, evitava todos os excessos e jamais foi visto na cidade.
Para encontrá-lo era preciso ir ao encontro dele na aridez do deserto onde nenhuma pessoa se sentia atraída a ir.

Em contraste absoluto com essa figura surge Jesus. Representando uma abordagem oposta à do ascetismo de João.
E é gloriosamente que Jesus caminha pela terra desmoronando a cada passo as seguranças desse modo de vida cauteloso, o paradigma de santidade tradicional defendida por João.
Jesus não apenas recusa o afastamento do mundo proposto na postura de João, mas assume descaradamente a direção oposta.
Sem nenhum verdadeiro precedente na história sagrada de Israel, aqui está um homem que adquire a fama de santo e homem de Deus convivendo com o homem comum e com gente que até mesmo o homem comum tinha dificuldade para engolir.
Em perfeita oposição a João, Jesus deixa claro que é sua proximidade do mundo, seu "não-afastamento", a porção mais essencial da sua missão.
Ele vence a tentação do deserto e segue percorrendo incessantemente as cidades, onde podia estar com as pessoas e submetê-las à sua mensagem, que era, na verdade, essencialmente sua própria pessoa. A sua própria vida.
Jesus não se recusa aproximar-se de religiosos e pecadores, fariseus, sacerdotes e prostitutas; romanos, samaritanos, judeus e fenícios; ricos, pobres, fazendeiros, agiotas, lavradores, coletores de impostos; militares, pescadores, revolucionários, leprosos, cegos, aleijados, loucos, possessos, homens e mulheres.
Jesus, ao contrário de João Batista, faz questão de conviver entre essa gente, causando tumulto em cada cidade.
Ele se vestia como todo mundo, aceitava convites para festas de casamento e freqüentava banquetes e acabou levando a fama de glutão e beberrão.
Jesus tinha lugar na sua agenda para falar com pervertidos, bêbados, adúlteros, corruptos e prostitutas. Em seu primeiro milagre é fornecer bebida para animar uma festa que ameaçava acabar cedo pois o vinho se esgotara.
Para encontrá-lo era preciso apenas estar fazendo o que se estava fazendo. Era Ele que vinha inevitavelmente ao encontro das pessoas, podia ser um cego esperando uma esmola na beira do caminho, um agiota caminhando desiludido para seu posto de coleta, uma mulher andando em direção ao poço para puxar água.
Muitos nem sabiam com quem estavam falando. Nada na aparência dele ou na sua conduta parecia ostentar ou garantir a santidade que os religiosos da época anunciavam com suas trombetas.

Se esse é sujeito era um profeta e um santo, trata-se do primeiro da espécie, que não parecia ser muito diferente dos demais seres humanos.
Se ele vivesse hoje entre nós invariavelmente aceitaria o seu convite para sair, para jantar, para ir à sua casa, para conhecer uns amigos, para comer um camarão no restaurante Espetinho de Ouro ou na lanchonete Bocas, ou talvez comer um peixe à beira da Lagoa da Conceição.
Provavelmente você o veria na Praça XV sentado em um dos bancos e conversando com aposentados, meninos de rua, bêbados, bicheiros, punks e drogados.

Esse homem, definido por esse estilo de vida, deveria ser o modelo oficialmente de Mestre, professor, profeta, messias, salvador e Filho de Deus.
Entretanto, estranhamente adotamos o estilo de vida de João Batista. João era o homem que se afastava do mundo para não se deixar contaminar por ele.
Jesus é o homem inteiramente inserido no mundo, inteiramente mergulhado nas complicações do dia-a-dia e nas preocupações e privilégios do homem comum.
É o Deus Emanuel, o Deus Conosco.
É aquele que não veio para os bons, perfeitos e fortes, mas para os fracos, doentes e maus.
Dos incontáveis paradoxos do cristianismo histórico, esse é mais um: historicamente, os cristãos ignoraram o exemplo de Cristo e tornaram-se seguidores funcionais de João.

O caminho de João Batista é o caminho dos monges do deserto, das ordens religiosas, das rádios evangélicas que praguejam contra o pecado; é o caminho do ascetismo, das regras estabelecidas para "fazermos diferença"; das abstenções, do recuo, do afastamento, da irrelevância, da exclusão e do preconceito.
O caminho de Jesus é o da inclusão, da presença, do abraço irrefletido e incondicional do mundo. É o caminho estreito que poucos trilham, a porta exigente pela qual poucos passam. Sempre que cedemos à tentação de trocar a realidade de vivermos em meio a um mundo corrupto, perdido e preferirmos o conforto harmonioso e acolhedor de uma comunidade cristã, somos mais parecidos com João Batista do que com Jesus, esta pessoa maravilhosas que hoje celebramos o seu nascimento.
Temos evitado viver entre os pecadores com a desculpa de estar buscando a santidade.
Fugimos de nossos deveres como cidadãos que somos. Somos preconceituosos com canções populares, só porque foram compostas por alguém fora de nosso gueto evangélico. Somos capazes de não votar num candidato competente e de bom caráter, apenas por que ele não é da nossa igreja. Não nos permitimos ir ao teatro, a um recital, a um concerto, a uma solenidade cívica, a uma reunião de moradores de bairro. Achamos que política, ou cargo público é coisa diabólica, nasceu no inferno. Esquecemos de grandes estadistas cujas histórias estão nas páginas da Bíblia como José, Daniel. Evitamos estar com os nossos parentes e amigos por achar suas festas profanas.
Sempre que aceitamos o abraço exclusivo de uma sub-cultura de qualquer estirpe em detrimento da cultura no seu sentido mais amplo. Sempre que dividimos nossa experiência entre uma esfera religiosa e uma profana que não chegam a se tocar; sempre que nos recusamos a consentir qualquer associação com: música "do mundo", filmes "do mundo" e pessoas "do mundo". Sempre que negamos nossa presença, nossa companhia e nossa lealdade a gente que em seu estado atual não julgamos merecê-las; sempre que reservamos nossas noites, nossos feriados e nossos fins-de-semana para o convívio com gente cuja santidade os torna inerentemente distinta da massa dos mortais - estamos (como diz a música "do mundo") "escolhendo errado nosso super-herói".

Era o caminho inclusivo de Jesus que deveríamos estar seguindo, e num mundo ideal eu não deveria ter de estar explicando isso, especialmente a mim mesmo. Para seguir os passos de Jesus é preciso viver inteiramente inserido no nosso mundo. Somos o Sal da Terra e Luz do Mundo. Para seguir os passos de Jesus é preciso abrir mão do ascetismo de João Batista e correr o risco de ser tachado pessoa do mundo
Jesus propõe, inconcebivelmente, uma espécie de santidade que não é definida pela exclusão, mas pela generosidade e pela liberalidade da presença. É dele a horrenda idéia original de distribuir abraços gratuitos, gratuitos no sentido de serem dados a quem, essencialmente, não os merece. Essa sua ousadia derruba para sempre a primazia da surrada santidade distanciada de João Batista.
Jesus demonstra, em seu modo de vida, que um caminho superior ao de "achar-se melhor do que os outros pela exclusão é amar os outros" pela inclusão.
Curiosamente, João Batista e Jesus começaram pregando uma mesma mensagem, "o Reino de Deus está próximo" - o Reino de Deus veio para perto de vocês, - mas é apenas com a escandalosa conduta inclusiva de Jesus que essa insólita e estranha proposição ganha verdadeiro peso.

lunedì 24 dicembre 2007

Acho que vou parar de escrever por um tempo.
Mi sa che smetto di scrivere per un po di tempo.

giovedì 13 dicembre 2007

O homenzinho e o deus (Paulo Brabo)

O homenzinho e o deus

Manuscritos

A cidade foi atacada por um deus enorme e descalço
que ninguém podia vencer.
Tombaram exércitos e quebraram-se espadas,
morreram centenas,
e nada o fazia parar.

Foi quando um homenzinho inofensivo baixou sua lança e disse à multidão
que venceria o deus sem matá-lo; iria derrubá-lo sem ferir.
O deus riu um riso despreocupado de deus e com um golpe tremendo do braço fez o homem voar;
esmagou o homem com os pés e triturou-o entre as coxas,
despedaçou-o com os dentes e banhou-o em sangue e urina;
cuspiu, xingou e provocou.

Quando o homenzinho mal se podia pôr em pé
o gigante deu-lhe para segurar sua própria espada divina
e ofereceu de peito aberto seu divino coração,
mas o homem abaixou a espada e aquietou.

“Covarde”, disse o deus, e atravessou o homem despedaçado
com a lança que o próprio homem tinha deixado para trás.
Ferido de morte, o homenzinho entoou baixinho uma canção blasfema,
“venha o que vier, amar-te-ei pela eternidade”.
O deus inclinou-se para ouvir e o homem sussurrou-lhe ao ouvido, “sou seu filho”, e morreu.

sabato 8 dicembre 2007

lunedì 3 dicembre 2007

Acreditei por um dia.................

.

Nesta semana o actor cómico Roberto Benigni, ( o mesmo da A Vida é Bela) apareceu na RAI 1 o canal publico de maior audição televisiva na Itália, em primeira faixa, em um programa de 3 horas sobre a Divina Commedia, no especifico o V canto do Inferno.

Depois de uma primeira hora de sátira Politica que quase me matou de tanto rir ( por sorte ele não è brasileiro o acho que eu teria morrido mesmo) e antes da ora final dedicada especificamente ao cântico e a explicação dos vários personagem e trechos, teve uma parte central onde ele com uma capacidade fora do comum conseguiu ser leve, inteligente e intenso.
Falou de AMOR , de poesia , de quanto maravilhosa è a humanidade e da
unicidade de cada individuo, exaltou a importância da poesia e do cristianismo, falou do Evangelho e de Jesus , do perdão, da caridade, da humildade com uma tal intensidade e genialidade que chorei emocionado, quando acabou o programa me senti feliz de estar vivo, me senti perto de Deus , de Jesus; foi dormir achando que o AMOR E A JUSTIçA UNIVERSAL eram algo de possível e perto de acontecer.

Na manha seguinte acordei e indo trabalhar escutava os comentário nos bares, no trem, na metro e tudo mundo comentava entusiasta, muitos falavam as mesmas coisas que eu pensava e muitos confessaram também de ter derramado lágrimas emocionadas.

Depois devagarzinho, pipocando como grãos de milho colocados em banha quente as primeiras criticas começaram a aparecer na televisão e nos diários, alguns políticos querendo colocar-lo na esquerda outros na direita, alguns críticos deplorando a banalidade das suas opiniões outros acusando-lo de oportunismo e que outra vez Benigni ( Como no caso do : A Vida è Bela, falando da Shoa) teria apelado a motivos de fácil impacto emocional em nome do sucesso.

Eram a grande minoria no meio de uma multidão ainda entusiasta mas...

Um velo caio em cima das emoções o brilho perdeu esmalte a imagem ficou menos vivida e o "atimo fujente "acabou.

A noite quando peguei o trem para voltar a casa os comentários já tinham mudado da entusiastas em polémicos, uns defendendo e outros atacando.

Mas mesmos os defensores tinham entendido que neste mundo de hoje não tem espaço para sonhos e não falo dos sonhos impossíveis e fantasiosos mas falo do :" I Have a Dream " do Martin Luther King, falo da incredulidade e da dor sofrida por Pr. Ricardo Gondim quando se deu conta que aquele que tinha esperado fosse um rebanho de almas esforçadas em intender-lo e acompanha-lo na sua entusiasta viagem de evangelização era na realidade frequentada também por frios juízes com os bolsos cheio de pedras prontos para atirar e julgar.

Ai a noite cheguei em casa pensando que de verdade podemos fazer algo só para nos mesmo e para os que estão em nossa volta, pq uma revolução mais ampla e perto no tempo esta verdadeiramente impossível de acontecer, o enorme e frio vazio que a nossa geração sente na alma por falta de ide-ales éticos ou espirituais dignos è condenado a ser preenchido por consumismo, arrivismo ou disfarçado e esquecido através os efeitos das drogas licitas e ilícitas em final das conta se nê Jesus conseguiu, imaginem um de nos………….

sabato 1 dicembre 2007

Que barulho é esse?

Obra do Paulo Brabo www.baciadasalmas.com

Documentos

– Que barulho é esse? – perguntou Belzebu, apontando para o alto. – O que está acontecendo lá em cima?

– Só o que costumava sempre acontecer – respondeu o diabo reluzente de capa.

– Quer dizer que temos mesmo uns novos pecadores? – quis saber Belzebu.

– Muitos – explicou o reluzente.

– Mas que é do ensino daquele de quem não quero dizer o nome? – perguntou Belzebu.

O diabo de capa deu um sorriso que revelou seus dentes pontiagudos, enquanto risadas abafadas ouviam-se entre todos os outros demônios.

– Esse ensino não nos atrapalha de modo algum. As pessoas não acreditam nele – disse o diabo de capa.

– Mas é evidente que esse ensino salvou-as de nós, e isso ele selou pela sua morte – disse Belzebu.

– Mudei tudo isso – disse o diabo de capa, batendo rápido com a cauda no chão.

– O que você fez?

– Consegui que as pessoas não acreditem no ensino dele mas no meu, que chamam pelo nome dele.

– E como conseguiu isso? – quis saber Belzebu.

– Aconteceu espontaneamente. Só dei uma ajudinha.

“Passei a sugerir que aquele desacordo era muito importante.”

– Conte resumidamente o que aconteceu – disse Belzebu.

O diabo de capa baixou a cabeça e gastou um intervalo em silêncio, como se ponderasse sem pressa. Em seguida começou a sua história:

– Quando aquela coisa terrível aconteceu, quando o inferno foi derrubado e nosso pai e governante nos deixou – disse ele, – fui aos lugares onde o ensino que quase nos arruinara havia sido pregado. Eu queria ver como viviam as pessoas que colocavam-no em prática, e vi que os que viviam de acordo com aquele ensino eram inteiramente felizes e inteiramente fora do nosso alcance. Eles não se enfureciam uns com os outros, não cediam aos charmes das mulheres, não se casavam e, quando casavam, tinham uma única esposa. Não tinham propriedade privada, mas possuíam tudo em comum; não se defendiam de ataque algum, mas retribuíam o mal com o bem. Sua vida era tão virtuosa que um número cada vez maior de pessoas era atraído para o grupo deles.

– Quando vi isso pensei que tudo estava pedido, e tive vontade de desistir. Mas algo aconteceu, algo que embora insignificante em si mesmo pareceu-me merecer atenção, e permaneci. Entre essas pessoas alguns achavam necessário que todos se circuncidassem e que ninguém comesse a carne que havia sido oferecida aos ídolos, enquanto outros achavam que isso não era essencial; criam que não precisavam ser circuncidados e que podiam comer qualquer coisa. Passei então a sugerir para as pessoas dos dois grupos que aquele desacordo era muito importante, e que como a questão dizia respeito ao serviço de Deus, nenhum dos lados deveria ceder. Eles acreditaram em mim, e suas disputas tornaram-se mais violentas. Gente dos dois lados começou a ceder à raiva, e passei então a instilar em cada um deles que poderiam provar a verdade da sua posição através de milagres. Embora seja evidente que milagres não podem provar a verdade de doutrina alguma, eles estavam tão ansiosos para estarem certos que acreditaram em mim, e providenciei milagres para eles. Isso não foi difícil: eles acreditavam em qualquer coisa que confirmasse o seu desejo de demonstrar que apenas eles estavam certos.

– Alguns diziam que línguas de fogo haviam descido sobre eles; outros afirmavam que tinham visto o próprio corpo ressurreto do seu mestre, e muitas outras coisas. Ficavam inventando coisas que nunca tinham acontecido e, no nome daquele que nos chamou de mentirosos, mentiam não menos do que nós. Um dizia para o outro: “Os seus milagres não são genuínos, os nossos é que são”. E o outro respondia: “Não, os de vocês não são genuínos, os nossos é que são”.

– As coisas estavam indo bem, mas eu tinha medo que, de tão evidente que era, eles pudessem discernir aquele engodo; por isso inventei “A Igreja”. E quando eles acreditaram nA Igreja, fiquei em paz. Entendi que estávamos salvos, e que o inferno havia sido restaurado.

giovedì 22 novembre 2007

Ricevuto per email da Lia

IL TRIANGOLO NERO

Violenza, propaganda e deportazione. Un manifesto di scrittori, artisti e intellettuali contro la violenza su rom, rumeni e donne

La storia recente di questo paese è un susseguirsi di campagne d'allarme, sempre più ravvicinate e avvolte di frastuono. Le campane suonano a martello, le parole dei demagoghi appiccano incendi, una nazione coi nervi a fior di pelle risponde a ogni stimolo creando "emergenze" e additando capri espiatori.

Una donna è stata violentata e uccisa a Roma. L'omicida è sicuramente un uomo, forse un rumeno. Rumena è la donna che, sdraiandosi in strada per fermare un autobus che non rallentava, ha cercato di salvare quella vita. L'odioso crimine scuote l'Italia, il gesto di altruismo viene rimosso.

Il giorno precedente, sempre a Roma, una donna rumena è stata violentata e ridotta in fin di vita da un uomo. Due vittime con pari dignità? No: della seconda non si sa nulla, nulla viene pubblicato sui giornali; della prima si deve sapere che è italiana, e che l'assassino non è un uomo, ma un rumeno o un rom.

Tre giorni dopo, sempre a Roma, squadristi incappucciati attaccano con spranghe e coltelli alcuni rumeni all'uscita di un supermercato, ferendone quattro. Nessun cronista accanto al letto di quei feriti, che rimangono senza nome, senza storia, senza umanità. Delle loro condizioni, nulla è più dato sapere.

queste vicende si scatena un'allucinata criminalizzazione di massa. Colpevole uno, colpevoli tutti. Le forze dell'ordine sgomberano la baraccopoli in cui viveva il presunto assassino. Duecento persone, tra cui donne e bambini, sono gettate in mezzo a una strada.
>
E poi? Odio e sospetto alimentano generalizzazioni: tutti i rumeni sono rom, tutti i rom sono ladri e assassini, tutti i ladri e gli assassini devono essere espulsi dall'Italia. Politici vecchi e nuovi, di destra e di sinistra gareggiano a chi urla più forte, denunciando l'emergenza.

Emergenza che, scorrendo i dati contenuti nel Rapporto sulla Criminalità (1993-2006), non esiste: omicidi e reati sono, oggi, ai livelli più bassi dell'ultimo ventennio, mentre sono in forte crescita i reati commessi tra le pareti domestiche o per ragioni passionali.

Il rapporto Eures-Ansa 2005, L'omicidio volontario in Italia e l'indagine Istat 2007 dicono che un omicidio su quattro avviene in casa;

sette volte su dieci la vittima è una donna;

più di un terzo delle donne fra i 16 e i 70 anni ha subito violenza fisica o sessuale nel corso della propria vita, e il responsabile di aggressione fisica o stupro è sette volte su dieci il marito o il compagno:

la famiglia uccide più della mafia, le strade sono spesso molto meno a rischio-stupro delle camere da letto.

Nell'estate 2006 quando Hina, ventenne pakistana, venne sgozzata dal padre e dai parenti, politici e media si impegnarono in un parallelo fra culture. Affermavano che quella occidentale, e italiana in particolare, era felicemente evoluta per quanto riguarda i diritti delle donne. Falso: la violenza contro le donne non è un retaggio bestiale di culture altre, ma cresce e fiorisce nella nostra, ogni giorno, nella costruzione e nella moltiplicazione di un modello femminile che privilegia l'aspetto fisico e la disponibilità sessuale spacciandoli come conquista.

Di contro, come testimonia il recentissimo rapporto del World Economic Forum sul Gender Gap, per quanto riguarda la parità femminile nel lavoro, nella salute, nelle aspettative di vita, nell'influenza politica, l'Italia è 84esima. Ultima dell'Unione Europea. La Romania è al 47esimo posto.

Se questi sono i fatti, cosa sta succedendo?

Succede che è più facile agitare uno spauracchio collettivo (oggi i rumeni, ieri i musulmani, prima ancora gli albanesi) piuttosto che impegnarsi nelle vere cause del panico e dell'insicurezza sociali causati dai processi di globalizzazione.

Succede che è più facile, e paga prima e meglio sul piano del consenso viscerale, gridare al lupo e chiedere espulsioni, piuttosto che attuare le direttive europee (come la 43/2000) sul diritto all'assistenza sanitaria, al lavoro e all'alloggio dei migranti; che è più facile mandare le ruspe a privare esseri umani delle proprie misere case, piuttosto che andare nei luoghi di lavoro a combattere il lavoro nero.

Succede che sotto il tappeto dell'equazione rumeni-delinquenza si nasconde la polvere dello sfruttamento feroce del popolo rumeno.
Sfruttamento nei cantieri, dove ogni giorno un operaio rumeno è vittima di un omicidio bianco.
Sfruttamento sulle strade, dove trentamila donne rumene costrette a prostituirsi, metà delle quali minorenni, sono cedute dalla malavita organizzata a italianissimi clienti (ogni anno nove milioni di uomini italiani comprano un coito da schiave straniere, forma di violenza sessuale che è sotto gli occhi di tutti ma pochi vogliono vedere).
Sfruttamento in Romania, dove imprenditori italiani - dopo aver "delocalizzato" e creato disoccupazione in Italia - pagano salari da fame ai lavoratori.

Succede che troppi ministri, sindaci e giullari divenuti capipopolo giocano agli apprendisti stregoni per avere quarti d'ora di popolarità. Non si chiedono cosa avverrà domani, quando gli odii rimasti sul terreno continueranno a fermentare, avvelenando le radici della nostra convivenza e solleticando quel microfascismo che è dentro di noi e ci fa desiderare il potere e ammirare i potenti. Un microfascismo che si esprime con parole e gesti rancorosi, mentre già echeggiano, nemmeno tanto distanti, il calpestio di scarponi militari e la voce delle armi da fuoco.

Succede che si sta sperimentando la costruzione del nemico assoluto, come con ebrei e rom sotto il nazi-fascismo, come con gli armeni in Turchia nel 1915, come con serbi, croati e bosniaci, reciprocamente, nell'ex-Jugoslavia negli anni Novanta, in nome di una politica che promette sicurezza in cambio della rinuncia ai principi di libertà, dignità e civiltà; che rende indistinguibili responsabilità individuali e collettive, effetti e cause, mali e rimedi; che invoca al governo uomini forti e chiede ai cittadini di farsi sudditi obbedienti.

Manca solo che qualcuno rispolveri dalle soffitte dell'intolleranza il triangolo nero degli asociali, il marchio d'infamia che i nazisti applicavano agli abiti dei rom.

E non sembra che l'ultima tappa, per ora, di una prolungata guerra contro i poveri.

Di fronte a tutto questo non possiamo rimanere indifferenti. Non ci appartengono il silenzio, la rinuncia al diritto di critica, la dismissione dell'intelligenza e della ragione.
Delitti individuali non giustificano castighi collettivi.
Essere rumeni o rom non è una forma di "concorso morale".
Non esistono razze, men che meno razze colpevoli o innocenti.

Nessun popolo è illegale.

Per aderire:
http://www.petitiononline.com/trianero/petition.html


>

> Il testo si trova anche qui:
>
http://www.wumingfoundation.com/italiano/outtakes/outtakes.html
> http://www.carmillaonline.com/archives/2007/11/002443.html
> http://www.giugenna.com/interventi/il_triangolo_nero_nessun_popol.html
> http://www.nazioneindiana.com/2007/11/15/il-triangolo-nero/


domenica 18 novembre 2007

Na: A Bacia Das Almas encontrei e amei este texto

Tropa de elite

Fé e Crença

A história por trás da palavra católica/universal pode ajudá-lo a apreciá-la mais do que antes. Por toda a história da igreja e especialmente nos primeiros séculos, movimentos de renovação e de reforma surgiram, todos necessários à igreja. Com muita freqüência esses movimentos se enxergaram como a versão nova e melhorada do cristianismo, ou até mesmo como a única versão legítima. Essa auto-imagem inflada dos reformadores quase sempre levava ao rebaixamento de todos os outros cristãos – os que não se juntavam ao movimento – relegando-os ao status de fingidos desprezados e de perdedores comprometidos. Esses movimentos de renovação produziram assim um tipo de elitismo que dizia: “Somos os únicos que estamos certos. Todos os que não se unirem a nós estão errados, são sub ou não cristãos”.

Contra esse tipo de elitismo outros diziam: “Não. Queremos que vocês reformadores sejam parte de nós, mas não iremos nos juntar a vocês se isto significar excluir qualquer outro. Cremos que Deus quer que a igreja cristã seja uma comunidade receptiva, calorosa, não uma comunidade exclusivista, elitista. Continuaremos a ser igreja para todos que vocês rejeitarem. Seremos católicos/universais – a igreja receptiva e calorosa de todos, não apenas de uns poucos exclusivos e elitizados”.

Há um orgulho especial que é fruto de ser parte dos exclusivos, da elite, dos importantes. Mas ser católico significa encontrar outra alegria: o prazer de aceitar e de receber os pobres, os cegos, os vacilantes, os aleijados, os imperfeitos, os confusos, os equivocados e os diferentes. Isso não significa baixar nossos padrões de discipulado autêntico mais do que erguer nossos padrões de aceitação inspirados em Cristo.

Brian McLaren

* * *

Desde a última vez em que me referi ao livre-arbítrio o que escrevo não encontra tanta ressonância negativa quanto Só os católicos sabem o que é a graça.

Eu, que já sugeri coisa muito menos ortodoxa sobre assuntos mais controversos (não me peça para repetir), fui veementemente repreendido por por email, em grupos de discussão e no vasto cinturão de asteróides da blogosfera por ter dito algo de positivo a respeito da prática dos cristãos católicos, e conseqüentemente da sua fé. Explicaram-me que eu não teria uma visão tão positiva do catolicismo se o conhecesse em primeira mão; que deveria estudar história e teologia antes de me pronunciar levianamente sobre assunto tão sério; e que fui mais acurado e justo atirando pedras no protestantismo do que jogando flores e beijos para os católicos.

Não levou-se em conta, naturalmente, que para o seguidor de Cristo ser crítico com relação à sua própria matriz religiosa-cultural e generoso com relação a todas as outras deveria ser comportamento padrão. Avalie o quanto o Filho do Homem seria acusado de idealizar o samaritanismo se ousasse publicar no seu blog determinada parábola. Pense no sujeito que condenava os irrepreensíveis fariseus ao fogo do inferno e, simplisticamente, elevava as protistutas ao paraíso. Pense em Pedro na casa de Cornélio, reconhecendo seu preconceito anterior e admitindo que Deus aceita gente de todas as tradições religiosas e culturais. Pense no cisco que está no olho do seu irmão e na tábua que está no seu. Pense numa ortodoxia generosa.

E, de fato, aliar uma crítica inclemente do terreno conhecido à generosidade irredutível para com o outro/próximo são o truque literário e a lição mais antigos do cristianismo. Não canso de me admirar que ainda sejam necessários.

Poesie di Mamma 4

.

A Guidino


Quando scateni la tua selvaggia furia

ed io per rabbia e per placarti grido,

di colpo tu t'abbracci alle mie gambe

il capo tuffi nel mio caldo grembo

cercandomi le mani.

Ferita a sangue allora io mi sento

e dentro mi sale e mi sommerge tutta

quest'amore tremendo.

e già sento che l'ansia mi distrugge

nel pensare a domani,

quando sarà per altre la dolcezza, la furia, ossia l'amore.

.

giovedì 15 novembre 2007

Da Pagina do Ricardo

Ser cristão é privilégio e conquista
Ricardo Gondim

Em 29 de junho de 2007, o papa Bento 16 assinou um documento que aponta a Igreja Católica como a única capaz de reunir todos os requisitos da comunidade fundada originalmente por Cristo e seus apóstolos. Logo que a notícia correu o mundo, recebi vários pedidos para que escrevesse sobre o assunto.

Não escrevi porque, se o fizesse, teria de aconselhar os evangélicos a não ficarem tão enfurecidos. Bento 16 não disse nada que os próprios crentes não acreditam ou não tenham falado. Quantos líderes igualmente se consideram como a autêntica expressão do cristianismo!

Se não simpatizei com a declaração do papa também não concordo com o ufanismo profundamente entranhado entre muitos evangélicos.

Eles se enxergam como os mais puros e mais autênticos defensores da verdade, enquanto fazem vista grossa para os grupos neopentecostais que achincalham os valores mais elementares da ética. Acho esquisito que se critique as igrejas adeptas da teologia da prosperidade, mas se faça uso de seu crescimento para cevar as estatísticas sobre a presença evangélica no país.

Por que gabar-se do crescimento desses grupos? E o que fazer com seus escândalos horrorosos? Os abalos provocados pelos neopentecostais parecem insuficientes para que as igrejas históricas se mobilizem por uma grande vigília ética, infelizmente.

Eles se esforçam em mostrar que preservam a reta doutrina, mas, ao mesmo tempo, se mantêm omissos na defesa das crianças pobres, dos índios, das mulheres negras e dos idosos. Por que tanto zelo em proteger a ortodoxia enquanto deixam um imenso desprezo pela vida?

Entre os crentes, sobra ortodoxia e falta ortopraxia. O movimento carece de mobilizações pela defesa do meio ambiente; de quem escreva contra os efeitos terríveis da globalização; de mais passeatas em protesto contra a pedofilia e o trabalho escravo. Restam poucos profetas. Precisa-se de mulheres e de homens que se recusem a vaticinar paz, paz, no meio de tanto sofrimento e morte.

Triste ver a esperança propositalmente vendida como ilusão, a fé confundida com a manipulação do sagrado, assistir às multidões procurando um alívio mágico para suas angústias existenciais nas igrejas e serem pilhadas em seus magros salários. Enquanto os membros esperam um milagre, os pastores faturam para deslancharem seus projetos megalomaníacos. É preciso questionar as intenções e os objetivos subjacentes desses sermões pretensamente evangélicos. Aumentar o número dos convertidos? Convertidos de quê a quê? Quanta jactância dos crentes continuarem a aferir a aprovação de Deus pelas estatísticas de seu crescimento.

Infelizmente alguns líderes confundem inchaço com verdadeiro crescimento e com avivamento. Com João Wesley, aconteceu um genuíno avivamento e ocorreram mudanças na Inglaterra. Nos avivamentos de Jonathan Edwards e Charles Finney, ambos abolicionistas, leis mais justas foram promulgadas nos Estados Unidos. No Brasil, mesmo com a presença da igreja em áreas pobres, dificilmente acontecem câmbios sociais.

Triste observar como algumas lideranças se deixam picar pela mosca azul. A cada eleição, oligarcas espertíssimos procuram os pastores em busca de alianças. Estes, por sua vez, manipulam seus rebanhos, alegando que a igreja precisa de alguém que “faça a diferença”. Os candidatos dos evangélicos são eleitos, mas acabam rebaixados à categoria de “nanicos”. E só se ouve falar neles novamente na eleição seguinte ou quando pipocar algum escândalo.

Triste observar como os crentes nutrem uma visão idealizada de si mesmos. Acho estranho que se divulguem libertações com testemunhos fantásticos enquanto uma grande maioria é obrigada a viver com sua realidade inalterada. Toda semana recebo mensagens de pessoas feridas e decepcionadas; perdidas por não saberem relacionar os sermões com suas contingências concretas. Por isso, aumenta tanto a população dos “ex-evangélicos” e dos “sem-igreja”.

Triste observar como os cambistas voltaram. Os evangélicos oram pouco e negociam muito. Infelizmente, mais igrejas buscam requintar seu buffet de serviços religiosos e mais pastores tentam ser palestrantes motivacionais bem-sucedidos.

Triste observar como os ambientes evangélicos se ensimesmam. Desconectados da vida, líderes insistem em responder a perguntas que ninguém faz; e há um despreparo para dialogar sobre os novos questionamentos. Poucos evangélicos escrevem para o mundo secular; faltam pesquisadores com respeitabilidade acadêmica.

Acho insuportável o clima beligerante de algumas igrejas em relação ao mundo, aos poetas, às artes, aos esportes e ao diálogo inter-religioso. A intolerância recrudesce e novos preconceitos confirmam que os evangélicos permanecem proselitistas.

Antes de sentirem raiva do papa, os evangélicos deveriam se perguntar o que estão fazendo para honrar o nome de cristãos.

Soli Deo Gloria.

Tirei do PavaBlog (Pavarini)

Homens são de Marte (17)

O que é um churrasco?
(escrito por uma mulher)

O churrasco é a única coisa que um homem sabe cozinhar. Quando um homem se propõe a realizar um, a cadeia de acontecimentos é a seguinte:

1 - A mulher vai ao supermercado comprar o que é necessário.

2 - A mulher prepara a salada, arroz, farofa, vinagrete e a sobremesa.

3 - A mulher tempera a carne e a coloca numa bandeja com os talheres necessários,enquanto o homem está deitado próximo à churrasqueira bebendo uma cerveja.

4 - O homem coloca a carne no fogo.

5 - A mulher vai para dentro de casa para preparar a mesa e verificar o cozimento dos legumes.

6 - A mulher diz ao marido que a carne está queimando.

7 - O homem tira a carne do fogo.

8 - A mulher arranja os pratos e os põe na mesa.

9 - Após a refeição, a mulher traz a sobremesa e lava a louça.

10 - O homem pergunta à mulher se ela apreciou não ter que cozinhar e, diante do ar aborrecido da mulher, conclui que elas nunca estão satisfeitas.

DIREITO DE RESPOSTA
(escrito por um homem)

1 - Nenhum churrasqueiro, em sã consciência, iria pedir à mulher para fazer as compras para um churrasco, pois ela iria trazer cerveja Belco, um monte de bifes, asas de frango e uma peça de picanha de 6,8 Kg que o açougueiro disse ser "ótima", pois não conseguiu empurrar para nenhum homem.

2 - Salada, arroz, farofa, vinagrete e a sobremesa ela prepara só para as mulheres comerem. Homem só come carne e toma muita cerveja.

3 - Colocar a carne no fogo??? Tá louca??? A carne tem que ir para a grelha ou para um espeto que, a propósito, tem que ser virado a toda hora.

4 - Legumes??? Como eu já disse, só as mulheres comem isso num churrasco.

5 - Carne queimando??? O homem só deixa a carne queimar quando a mulherada reclama: "Não gosto de carne sangrando"; "Isto está muito cru" "tá viva???". Após a décima vez que você oferece o mesmo pedaço que estava ao ponto uma hora antes, elas acabam comendo a carne tão macia quanto o espeto e tão suculenta quanto um pedaço de carvão.

6 - Pratos? Só se for para elas mesmas!

7 - Sobremesa? Só se for mais uma cerveja.

8 - Lavar louça? Só usei meus dedos!!! (e limpei na bermuda).

Realmente, as mulheres nunca vão entender o que é um churrasco.

sabato 10 novembre 2007

Nonna Lele

Che strano ritrovarmi a imboccare mia Nonna con degli omogeneizzati, questi barattoletti che non son cambiati per niente negli ultimi quarant’anni, mentre col cucchiaino ne raspavo il fondo per poi portarlo alla sua bocca le immagini di un passato dolce e per me lontano mi tornavano in mente.

Le stesse azioni e gli stessi soggetti a parti invertite, mia Nonna che amorevolmente mi imbocca, lo sguardo sorridente le canzoni intonate che mi tengono compagnia, una vita intera passata accanto.

Sicuramente è stata mamma per me e mia sorella, ha rappresentato la casa, le sicurezze, le continue raccomandazioni, il cibo pronto, semplice e delizioso che ci aspettava puntuale a tavola.

E’ stata la memoria viva di una storia che mi appartiene, è lei che mi ha insegnato ad amare Gesù e che mi armava la mano con cento lire mandandomi a darle alla zingarella che chiedeva l’elemosina, lei che mi leggeva il libro cuore e mi insegnava il valore delle buone azioni e dei sentimenti.

Sicuramente non è perfetta, la sua infanzia aspra e un po triste le ha lasciato in eredità manie, malizie ed egoismi che però spariscono e divengono insignificanti nel mare dei pregi che invece il buon Dio le ha concesso.

Me la son ritrovata in un letto d'ospedale tutta bianca, con le mani deformate dall’artrite, la pelle sottile sottile e delicata e mi è apparsa piccola .... indifesa .E'stato per me un pugno nell’anima e mi son riscoperto terribilmente fragile. L’ho vista e sentita un po’ figlia cosi dipendente e teneramente conformata.

Nonna non ha mai sopportato e accettato la vecchiaia e da quando è morta mia madre che invece incessantemente l ‘ obbligava a vivere una vita giovane, si è ritrovata senza ruolo, confusa, nervosamente e leggermente persa. La sua grande voglia di sapere, conversare, andare in giro, dare consigli e sentirsi utile è rimasta pian pianino inesorabilmente inappagata.

Al contrario di quello che accade a tanti, nel suo caso non è stato il non accettare il decadimento fisico od il veder appassire quella bellezza che fu eccezionale che l’ha intristita, quanto il fatto di sentirsi emarginata dalle lotte di vita quotidiana dei suoi figli e nipoti.

Io so semplicemente che l’amo follemente e che quando chiuderà gli occhi per andare la dove l ‘aspettano tanti suoi affetti a me mancherà un pezzo di cielo e il mondo sarà un luogo meno accogliente da vivere.

martedì 6 novembre 2007

Dor e duvidas

.

Sai mais cedo do trabalho e cheguei na estação muito antes do normal , a Valeria chegaria só uma hora mais tarde.

Todos os dias prendemos o trem pra voltar a casa juntos.

Sentei em um canto e fiquei olhando a grande massa de pessoas que passavam na minha frente.

Todas as vezes que sento na estação me maravilho das mesmas coisas como fosse a primeira vez que as vejo…..

Tem verdadeiramente de tudo, turistas ricos e menos ricos, gente de terno e gravata e estudantes com livros e mochilas, pessoas com o lap top e outros que passeiam falando no celular, e como sempre um bom numero de Tóxicos a caça de moedas, doentes mentais indo de um lado e de outro conversando sozinhos cheios de malas e sacolas sem nenhuma meta para alcançar.

Paguei um sanduíche a um cara com evidentes distúrbios mentais, ele completamente sujo mas tinha sapatos de couro novos e brilhantes, levava com se três sacolas cheias de trapos e cobertores, pegou o sanduíche sem olhar pra mim, deu uma mordida e depois começou a passar-lo a mo de espanador em voltas de cada sacola sem esquecer um só cm. depois de fazer isto com muita calma, acabou de comer o sanduíche-espanador.

Depois bem do meu lado uma heroinomane completamente chapada começou a puxar conversa com uma bombeira que estava esperando o trem para voltar a casa, a conversa foi muito carinhosa a tóxica falou que tinham acabado de roubar d'ela os 1500 euros de salário e a bombeira fez finta de acreditar, passaram um 5 minutos conversando e no final se despediram com um beijinho, foi a imagem mais bonita e humana que encontrei neste triste final de tarde.

Olhando tantos rostos tristes e fechados devagar senti a angustia aumentar em mim, sentado la parecia que a minha alma era uma esponja e podia advertir o sofrimento e os problemas das pessoas entrar em mim, os olhos me se encheram de lágrimas e me senti muito abatido.

Entrei em crise espiritual.

Imaginei Jesus sentado do meu lado olhando as mesmas coisas e sentindo as mesmas sensações que estavam me invadindo a alma.

E fiquei perguntando pra Ele:”Pq a 2000 anos olhando pelas mesmas cosas não fizeste nada?”

Qual è o Teu desenho?

Se eu fosse Deus fixaria o olhar em cada um e arrumaria cada vida e cada existência, não sairia deste lugar ate encontrar somente pessoas boas, felizes e sadias.

Como conseguiu Jesus passar neste mundo olhar na alma das pessoas e aguentar tudo este sofrimento e estas injustiças?

Será que a Cruz ao invés de um terrível suplicio não foi o fim de um tormento ainda maior?

Esta noite vou orar bastante procurando, reencontrar o meu equilíbrio abalado.

guido

domenica 4 novembre 2007

sabato 3 novembre 2007

U. G., Uppaluri Gopala Krishnamurti

Nato a Bangalore nel 1918 da una famiglia bramina appartenente alla casta più privilegiata dell'India. A 49 anni ha rinunciato a una prestigiosa carriera di conferenziere mondiale e a tutto il suo denaro diventando un barbone e rifiutando ogni pratica di ordine filosofico, spirituale o religioso che fino ad allora aveva sperimentato e che gli appariva ormai totalmente senza senso.

venerdì 2 novembre 2007

Pensando..................

.
Jesus falou: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento; e o segundo, semelhante a este é: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas."

Assim colocado parece simples nê?
Ate conseguir Amar o Senhor com todo o coração e com toda alma, por difícil que seja acredito seja alcançável, mas o segundo me parece utopia absoluta.
Quem de nos pode dizer de amar o próximo como a sim mesmo? e não estamos falando em um só próximo mas da humanidade toda.
Quem de nos abre a porta da própria casa a qualquer um que precise? Quem de nos deixa o carro aberto com a chave na ignição a disposição de qualquer um que precise?.
As vezes quem tenta fazer isto acaba no erro oposto se anulando, ou seja
não amando a sim mesmo como não se ama o próximo.
Ai começam os teólogos com as interpretações e explicações :-)
Quantos livros e palavras escritas para colocar a marteladas a realidade dentro da teoria.
O que verdadeiramente Jesus quer de nos? O esforço ou o resultado?
.

giovedì 1 novembre 2007

Do site do paulo Brabo ( Sem a Imagem)

1 de Novembro de 2007

Minha missão

Goiabas Roubadas

Você erroneamente concluiu que perseguindo o alvo espiritual você de alguma forma fará com que seus alvos materiais se tornem miraculosamente simples e gerenciáveis. Tudo que posso garantir é que enquanto estiver buscando a felicidade você permanecerá infeliz.

Por que a vida deveria ter algum sentido? Por que deveria haver algum propósito em viver? Viver, em si mesmo, é tudo que existe. A sua busca por um significado espiritual transformou a vida num problema.

Minha missão, se é que existe alguma, deveria ser, de agora em diante, refutar cada declaração que já fiz. Se levar a sério ou tentar aplicar o que venho dizendo, você estará em perigo.

Meu interesse não é impugnar o que os outros disseram (o que seria fácil demais), mas impugnar o que eu estou dizendo. Mais precisamente, estou tentando interromper o que você vem concluindo do que estou dizendo.

U. G. Krishnamurti, antiguru

lunedì 29 ottobre 2007

Amo

.

Amo

Amo Este calor

que consegue me derreter o coração

que me deixa sensível para as coisas do bem

que me faz chorar ao ouvir uma musica o assistir um filme

que me faz sentir triste e culpado pelos males do mundo

que me da vontade de ajudar quem precisa, perdoar os imperdoáveis, comunicar o que sinto

que me faz sentir na carne que somos uma grande familia

que consegue me convencer que ate as pedras fazem parte da criação

e que me da

a certeza absoluta que

morte, doenças, injustiças, terremotos e carestias fazem parte do desenho lógico e necessário do amor criador.

Amo este calor que chamo.......

Jesus


guido

Autoretrato do Paulo Brabo

.

domenica 28 ottobre 2007

Senhalado pelo Paulo Brabo

02 de Setembro de 2005

O Cristo Oculto

Fé e Crença, Goiabas Roubadas

A voz procede da nuvem, e o homem se aquieta. Isso porém não quer dizer que apenas aqueles que confessam a Cristo, que declaram-se convertidos e cristãos nascidos de novo, são tocados pela nuvem. É bem o oposto que é verdadeiro. Temos visto vez após outra acontecer o Cristo oculto ser revelado em homems que insistem não ter fé alguma. Cristo visita os homens muito antes que eles tenham encontrado unidade com ele. Nesse sentido a luz de Cristo vem para todos os homens que nascem neste mundo.

Eberhard Arnold, fundador das comunidades Bruderhof

O mundo todo no colinho de Deus

.
Lendo as cartas que Stefano esta escrevendo na sua viajem na India fiquei pensando e reparei como na minha existência, todas as vezes que foi orar Jesus em templos nao cristãos tive sensações fortíssimas me sentindo muito perto Dele.
Sempre pensei que Deus na sua infinita justiça nunca deixou de se mostrar a homem e povo algum e sinto de pertencer a uma familia ainda maior.

sabato 27 ottobre 2007

Mesmo que não percebamos a presença de Jesus, Ele anda conosco

Por: Pastor Paulo Solonca

Em: 2007-10-26

Em Lucas 24:13-35, encontramos um texto que conta a história de dois discípulos que estavam voltando de Jerusalém logo após a morte e sepultamento de Jesus. Eles se achavam profundamente abalados e frustrados. Sentiam-se abandonados por Jesus. Todos os seus sonhos e esperanças estavam comprometidos. Foi quando Jesus aparece ao lado deles, mas eles não o reconheceram. Assim se acontece com muitos de nós. Entretanto...

Quando nos achamos profundamente frustrados, Jesus se aproxima de nós de maneira que nem sempre percebemos. Quando não temos mais esperanças, ele anda ao nosso lado. Ele vem para perto de nós quando nos sentimos distantes dele. Muitas vezes, ele faz para nós algo que não vemos, opera de modos que não entendemos. Será que estamos cientes da sua presença?

Jesus pede que lhe falemos das nossas tristezas e nos ouve com toda atenção quando desabafamos. Todos temos preocupações que precisamos apresentar ao Senhor hoje. Quais são elas? O que nos impede de abrir o coração para ele? Será a vergonha ou o desespero? Existem certas preocupações das quais podemos falar somente com ele. Quais são elas? Jesus esclarece nossas dúvidas com a Palavra de Deus. Quando ficamos confusos, ele quer nos dar entendimento de tudo por meio da Bíblia.

Será que estamos buscando forças nele?

Jesus aceita nosso convite para se aproximar mais e se envolver mais em nossa vida. Os dois discípulos acharam que o Senhor iria prosseguir a viagem. Entretanto haviam chegado ao ponto em que deveriam convidá-lo para permanecer na companhia deles ou deixá-lo seguir seu caminho.

Jesus restaura nosso fervor e nossas esperanças, dando-nos uma mensagem vital para transmitirmos a outros. Mesmo que nossa esperança se acabe, ela pode reviver. Nosso fervor também pode se renovar. Algo em nossa vida precisa ser restaurado? O quê? Nossa fé? A coragem? A esperança? O entusiasmo? O objetivo de vida?


Paulo Brabo docet



23 de Outubro de 2007

Lei do ponto cego

Pense comigo

A perspectiva que teremos no futuro a respeito dos eventos do passado faz-nos falta quando mais precisamos dela: agora.

giovedì 25 ottobre 2007

Su Padre Pio Papa Giovanni pensava..........

Giovanni XXIII annotava: «I suoi rapporti scorretti con le fedeli fanno un disastro di anime»

«Stamane da mgr Parente, informazioni gravissime circa P.P. e quanto lo concerne a S. Giov. Rotondo. L’informatore aveva la faccia e il cuore distrutto». L’informato è Giovanni XXIII. P.P. è Padre Pio. E queste sono le parole che il Papa annota il 25 giugno 1960, su quattro foglietti rimasti inediti fino a oggi e rivelati da Sergio Luzzatto. «Con la grazia del Signore io mi sento calmo e quasi indifferente come innanzi ad una dolorosa e vastissima infatuazione religiosa il cui fenomeno preoccupante si avvia ad una soluzione provvidenziale. Mi dispiace di P.P. che ha pur un’anima da salvare, e per cui prego intensamente» annota il Pontefice. «L’accaduto—cioè la scoperta per mezzo di filmine, si vera sunt quae referentur, dei suoi rapporti intimi e scorretti con le femmine che costituiscono la sua guardia pretoriana sin qui infrangibile intorno alla sua persona— fa pensare ad un vastissimo disastro di anime, diabolicamente preparato, a discredito della S. Chiesa nel mondo, e qui in Italia specialmente. Nella calma del mio spirito, io umilmente persisto a ritenere che il Signore faciat cum tentatione provandum, e dall’immenso inganno verrà un insegnamento a chiarezza e a salute di molti».


«Disastro di anime». «Immenso inganno ». Una delle «tentazioni» con cui il Signore ci mette alla prova. Espressioni durissime. Che però non si riferiscono alla complessa questione delle stigmate, su cui si sono concentrate le prime reazioni al saggio di Luzzatto, «Padre Pio. Miracoli e politica nell’Italia del Novecento», in uscita la prossima settimana da Einaudi. All’inizio dell’estate 1960, Papa Giovanni è appena stato informato da monsignor Pietro Parente, assessore del Sant’Uffizio, del contenuto delle bobine registrate a San Giovanni Rotondo. Da mesi Roncalli assume informazioni sulla cerchia delle donne intorno a Padre Pio, si è appuntato i nomi di «tre fedelissime: Cleonilde Morcaldi, Tina Bellone e Olga Ieci», più una misteriosa contessa che induce il Pontefice a chiedere se il suo sia «un vero titolo oppure un nomignolo». Nel sospetto—cui il Papa presta fede—che la devozione delle donne nei confronti del cappuccino non sia soltanto spirituale, Roncalli vede la conferma di un giudizio che aveva formulato con decenni di anticipo.

Al futuro Giovanni XXIII, Padre Pio non era mai piaciuto. All’inizio degli Anni ’20, quando per due volte aveva percorso la Puglia come responsabile delle missioni di Propaganda Fide, aveva preferito girare alla larga da San Giovanni Rotondo. Ma è soprattutto la fede ascetica, mistica, quasi medievale di cui il cappuccino è stato il simbolo, per la Chiesa modernista di inizio secolo come per la Chiesa conciliare a cavallo tra gli Anni ’50 e ’60, a essere estranea alla sensibilità di Angelo Roncalli. Che, sempre il 25 giugno, annota ancora: «Motivo di tranquillità spirituale per me, e grazia e privilegio inestimabile è il sentirmi personalmente puro da questa contaminazione che da ben 40 anni circa ha intaccato centinaia di migliaia di anime istupidite e sconvolte in proporzioni inverosimili». E, dopo aver ordinato una nuova visita apostolica a San Giovanni Rotondo, ad appunto quasi quarant’anni da quella compiuta nel 1921, il Papa conclude che «purtroppo laggiù il P.P. si rivela un idolo di stoppa».

Gli appunti di Roncalli rappresentano uno dei passaggi salienti dell’opera di Luzzatto. E, se letti con animo condizionato dal pregiudizio, possono indurre a giudicarla o come una demolizione definitiva della figura del santo, o come un’invettiva laicista contro un fenomeno devozionale duraturo e interclassista. Ma sarebbero due letture sbagliate. Il giudizio di Luzzatto su Padre Pio non è quello sommariamente liquidatorio, che si è potuto leggere ad esempio nel recente e fortunato pamphlet di Piergiorgio Odifreddi. Luzzatto prende Padre Pio molto sul serio. E, con un lavoro durato sei anni, indaga non solo sulla sua biografia, ma anche e soprattutto sulla sua mitopoiesi: sulla costruzione del mito del frate di Pietrelcina e sulla sua vicenda, profondamente intrecciata non solo con quella della Chiesa italiana, ma anche con la politica e pure con la finanza. Unmito che nasce sotto il fascismo (Luzzatto dedica pagine che faranno discutere al «patto non scritto» con Caradonna, il ras di Foggia; ed è un fatto che le prime due biografie di Padre Pio sono pubblicate dalla casa editrice ufficiale del partito, la stessa che stampa i discorsi del Duce). Ciò non toglie che l’esito di quella ricerca sarà inevitabilmente elogiata e criticata, com’è giusto che sia. Ma anche gli stroncatori non potranno non riconoscere che uno studioso estraneo al mondo cattolico ha affrontato la figura del santo con simpatia, nel senso etimologico, e non è rimasto insensibile al fascino di una figura sovrastata da poteri—terreni prima che soprannaturali—più grandi di lei, e (comunque la si voglia giudicare) capace di alleviare ancora oggi il dolore degli uomini e di destare un interesse straordinario.

Scrive Luzzatto che «l’importanza di Padre Pio nella storia religiosa del Novecento è attestata dal mutare delle sue fortune a ogni morte di Papa». Benedetto XV si dimostrò scettico, permettendo che il Sant’Uffizio procedesse da subito contro il cappuccino. Più diffidente ancora fu Pio XI: sotto il suo pontificato si giunse quasi al punto di azzerarne le facoltà sacerdotali. Pio XII invece consentì e incoraggiò il culto del frate. Giovanni XXIII autorizzò pesanti misure di contenimento della devozione. Ma Paolo VI, che da sostituto alla segreteria di Stato aveva reso possibile la costruzione della Casa Sollievo della Sofferenza, da Pontefice fece in modo che il frate potesse svolgere il suo ministero «in piena libertà». Albino Luciani, che per poco più di un mese fu Giovanni Paolo I, da vescovo di Vittorio Veneto scoraggiò i pellegrinaggi nel Gargano. Mentre Wojtyla si mostrò sempre profondamente affascinato dalla figura del cappuccino, che sotto il suo pontificato fu elevato agli altari.

Non è in discussione ovviamente la continuità morale e teologica tra i successori di Pietro.Però è impossibile negare che i Pontefici succedutisi nel corso del Novecento abbiano guardato a Padre Pio con occhi diversi, comprese le asprezze giovannee. E, come documenta Luzzatto, quando «La Settimana Incom illustrata» sparò in prima pagina il titolo «Padre Pio predisse il papato a Roncall »”, compreso il dettaglio di un telegrammadi ringraziamento che il nuovo Pontefice avrebbe inviato al cappuccino, Giovanni XXIII ordina al proprio segretario di precisare all’arcivescovo di Manfredonia che era "tutto inventato": «Io non ebbi mai alcun rapporto con lui, né mai lo vidi, o gli scrissi, né maimi passò per la mente di inviargli benedizioni; né alcuno mi richiese direttamente o indirettamente di ciò, né prima, né dopo il Conclave, né mai».

mercoledì 24 ottobre 2007

Viver não cansa. Ricardo Gondim.

Viver não cansa.
Ricardo Gondim.

Viver não cansa, o que fatiga são as perguntas imbecis de quem não quer ter opinião própria, os comentários emburrecedores de quem não gosta de pensar, as lógicas dos religiosos que adoram encabrestar e serem encabrestados.

Viver não cansa, o que exaure é precisar debater com quem só lê a ‘Veja’; é ter que ouvir a opinião de quem adora o Diogo Mainardi; é ter que debater com quem aprendeu toda a Verdade com o Max Lucado e se acha apto para converter o mundo islâmico.

Viver não cansa, o que desespera é ter que calar diante das vaidades maquiadas como piedade; é ter que respeitar os narcisismos travestidos de desprendimento; é ter que fazer vista grossa diante dos escroques de colarinho clerical: “porque eles também podem estar ganhando almas e despovoando o inferno”.

Viver não cansa, o que chateia é ter que explicar para fariseus de plantão que beber um cálice de vinho não significa automática embriaguez, que dançar a valsa na formatura da filha não é pactuar com o mundo; é ter que arrazoar com analfabetos funcionais para mostrar-lhes que não existe diferença entre música cristã e do mundo (Só existe música boa ou ruim!).

Viver não cansa, o que amarga é ter que ficar calado diante dos maiores descalabros éticos, “porque a igreja ‘X’ está crescendo e o que importa são os resultados”; é ter que assistir a um monte de gente se esforçando para jogar a dignidade do Evangelho pelo ralo e precisar engolir seco porque: “aquela igreja 'X' é como um hospital de emergência onde as pessoas se convertem, mas depois procuram as igrejas sérias”.

Viver não cansa, o que horroriza é conseguir detectar as agendas escondidas dos Benny Hinns da vida, a volúpia por poder dos que vivem das politicagens denominacionais, os cinismos teológicos dos evangelistas triunfalistas e ainda assim precisar explicar-se porque não participa de eventos, de marchas e de conferências ao lado deles: “já que o Corpo de Cristo não pode se dividir”.

Viver não cansa, o que exaure é ver as igrejas lotadas de incautos em busca de um Mega Milagre porque: “ao fazerem a sua parte, Deus ficará obrigado a fazer a dele”; é saber que cada campanha de oração que “vai destrancar os cadeados do céu”, na verdade, foi projetada para arrancar mais dinheiro dos simples; é notar que muitos nas elites religiosas não diferem em nada dos políticos que só sabem defender seus interesses.

Viver não cansa, o que debilita é ter que lidar com a fofoca de quem não tem brilho próprio; é ter que admitir que vários fazem do sacerdócio um jeito de progredir com um esforço mínimo; é saber que a indústria da “música gospel” fatura em cima da vaidade de cantores que jamais dariam certo fora das igrejas e que, para compensar a falta de talento, vivem a fazer biquinhos, vertendo lágrimas forçadas.

Viver não cansa, realmente, não cansa.

Faz bem à alma lidar com jovens grávidos de sonhos, com mulheres íntegras, que não medem esforços para acolher os esquecidos e com anciãos que destilam uma sabedoria acumulada pela experiência.

Os poetas com suas intuições, os músicos com suas percepções, os professores com sua erudição, os pastores com sua dedicação, continuam a encantar.

Os atletas com sua disciplina, os profetas com sua veemência, os missionários com sua coragem, são um bálsamo que cura as feridas da desesperança.

Viver é tão bom que dá ganas de continuar, continuar...

Soli Deo Gloria.

lunedì 15 ottobre 2007