sabato 8 settembre 2007

A Droga é uma Droga

Autor: Pastor Paulo Solonca
Da PIB de Florianopolis
06/09/2007

Quase toda sociedade brasileira ficou chocada e estarrecida com o documentário " Falcão – os meninos do tráfico", apresentado pelo programa dominical "Fantástico" nos meados de 2006.
Na reportagem, foi apresentada apenas a face do tráfico de drogas dos morros e das favelas. Entretanto a realidade é muito mais ampla. Ela está, principalmente, oculta por trás dos condomínios de luxo. É muito mais real ainda no mundo empresarial, artístico e esportivo. Centenas de craques sepultaram suas carreiras precocemente por causa do uso de algum tipo de droga. Vamos recordar aqui um pouco da vida de uma celebridade mundial: Diego Armando Maradona que ainda jovem, em 1982 foi vendido ao Nápoli da Itália por US$ 8.200.000,00. Até então a maior transação paga em todos os tempos por um atleta. Diego Maradona é o maior ídolo argentino vivo, na opinião de todos os argentinos ouvidos pela Folha. É amado e idolatrado como um deus, mesmo quando está fora da Argentina. Em Nápoles, cidade italiana onde viveu por sete anos, Maradona é visto ainda hoje como um herói. Enquanto jogou pelo Nápoli, o time foi duas vezes campeão italiano. O consumo desenfreado de drogas foi o grande responsável pela decadência do maior jogador argentino de todos os tempos. Por duas vezes, foi banido de jogos oficiais em todo o mundo, por períodos de 15 meses. Chegou a ser preso com dois amigos em 1991, na Argentina, quando foi flagrado sob o efeito de drogas e com meio quilo de cocaína. Assumiu-se como dependente químico em 96, após repetitivas suspeitas de doping. Abandonou a carreira um ano mais tarde, a pedido do pai.
A relação de amor e ódio entre Maradona e a cocaína comove a Argentina há 16 anos. A cada escândalo referente ao consumo de drogas, ou a cada crise de saúde enfrentada pelo ex-jogador os torcedores choram a seu lado e o apóiam. Mas dessa vez o desapontamento deu lugar ao desespero, ao medo de perder para sempre seu maior ídolo vivo. Ele foi internado numa clínica Suíço-Argentina, em cujas portas milhares de argentinos rezaram por sua recuperação, renderam-lhe homenagens, gritaram palavras de incentivo, fizeram panelaços, mensagens de apoio e souvenires acumularam-se diante das portas do local. Sempre afirmou estar pronto para lutar contra injustiças e contestar poderosos. Mas em sua luta pessoal contra a droga, não tem conseguido livrar-se dela. Sua família está gastando quase toda a fortuna que ele ganhou como craque do futebol. O dinheiro está acabando a ponto dele precisar atender convites banais para ganhar pequenos cachês participando de festas e jogos beneficentes. Há uma tentativa de seus amigos de mantê-lo no ar através de um programa de TV, mas está cada vez mais difícil lidar com seu mau humor por causa das crises de abstinência. Várias vezes ele teve de ser internado num centro neuropsiquiátrico, nos arredores de Buenos Aires. A decisão de mantê-lo internado na Argentina partiu de sua família, que resolveu tomar as rédeas da luta contra o vício. A internação é o último recurso para tentar salvá-lo da dependência. Seu coração chegou a funcionar com apenas 35% de sua capacidade total. No início de 2000, após uma crise decorrente do consumo exagerado de cocaína, o ex-jogador decidiu morar em Cuba e se internar na clínica La Pradera, na verdade um spa que só lhe tirou o dinheiro e pouco contribuiu para a libertação das amarras das drogas.
Mas por que, afinal, tem sido tão difícil para ele se livrar da dependência? Para o Dr. Urribarri, médico e amigo pessoal de Maradona a questão é mais complicada do que parece ser. Ele diz que dependentes inveterados não podem prescindir do bem-estar que a droga causa. "Por isso vivem transgredindo, escapando, fazendo o possível para voltar a consumir a droga." Ele afirma ter observado casos de usuários regulares de cocaína, bem-sucedidos em determinados aspectos de suas vidas que, em parte, atribuíam seu sucesso ao consumo de cocaína. Acreditavam que a droga lhes conferia um poder especial. "É como o espinafre do Popeye", diz o psicanalista.


A droga está infernizando milhares de famílias de nossa pátria.

Numa destas tardes inusitadas de sexta-feira, o corpo do comerciante aposentado Amador Cortellini foi sepultado no cemitério Chora Menino, em São Paulo. Amador morreu de desgosto e atormentado pela culpa. Vinte e seis dias antes ele desferiu o primeiro tiro de revólver com cabo de madrepérola que tinha comprado havia 40 anos e nunca havia usado. A bala foi disparada contra o coração de seu filho caçula, Rodrigo, de 26 anos. O rapaz morreu na hora. Depois do crime, Amador passou duas noites preso. Com a saúde em frangalhos, foi mandado para casa. Entrou em depressão. Como tinha problemas cardíacos, a depressão e a fraqueza geral foram chegando até que teve um derrame cerebral e entrou em coma e morreu. Foi sepultado à direita do túmulo de Rodrigo.
Numa reportagem da revista Época de alguns meses atrás o repórter Eduardo Monteiro, assim descreveu o drama de uma família brasileira:
"Eu amava meu filho. Mas a morte dele foi inevitável. Era ele ou eu. Ele ou meu marido. Olho para trás e não acho que tenha lhe faltado nem amor, nem direção, nem diálogo. Não sei que explicação dar para ele ter entrado na droga. Eu lembro como se fosse um filme. Eu e meu marido na cozinha, preocupados com nosso filho de 14 anos que pela primeira vez havia dormido fora de casa sem avisar. Na véspera meu marido sentira falta do dinheiro que havia separado para a feira. De repente ele chegou, viu nossos rostos e, antes que perguntássemos qualquer coisa, falou: 'Mãe, pai, eu sou viciado em cocaína'. Eu nem sabia direito o que era cocaína. Nesse dia o inferno começou. Ele se internou 11 vezes. Não conseguia parar. Roubava, mentia, ameaçava, agredia. Quando estava drogado, eu tinha medo de falar com ele. Eu tremia, ficava sem uma gota de saliva na boca. Meu filho nos bateu várias vezes. Eu mal dizia qualquer coisa e ele começava a gritar, quebrava tudo. Num único dia nós chegamos a chamar a Polícia cinco vezes para segurá-lo e acalmá-lo.
Quando estava sem drogas, era adorável. Inteligente, cheio de personalidade. Adorava música, tocava violão, gostava de abraçar todo mundo. Com a droga, mudava. Na última semana de vida, cheirou sem parar. Ele chegava a dizer: 'Eu amo mais a cocaína do que vocês'. Fizemos tudo que podíamos para ele sair do vício. Sei que para o resto da minha vida vou sentir saudades do meu filho, dos momentos em que fomos todos felizes. Mas também compreendo a atitude do meu marido.
Quase um quinto dos brasileiros entre 12 e 65 anos, moradores das 107 cidades com mais de 200 mil habitantes, já experimentou algum tipo de droga que não álcool ou tabaco. O dado, de 2001, é da única pesquisa ampla de consumo de drogas no Brasil, realizada pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas), da Unifesp.
A pesquisa foi a primeira a fazer um diagnóstico da realidade brasileira. "Ela traça um perfil sobre o consumo de drogas".
O governo brasileiro gasta pelo menos R$ 82 milhões por ano com o tratamento de problemas relacionados ao uso de drogas. Um cálculo inédito feito a partir dos dados, sobre internações de pacientes por transtornos mentais e comportamentais causados pelo uso de drogas psicoativas, além da doença alcoólica do fígado (cirrose).
O valor equivale a um quinto daquilo que é gasto no tratamento de câncer por ano, no país. Só para que o leitor possa entender a importância deste assunto : . . .este dinheiro seria suficiente para cobrir as despesas anuais de pessoal de Saúde do Estado da Paraíba (3,5 milhões de habitantes).
Pelos últimos estudos promovidos pelo Nida (Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA), o prejuízo com as drogas nos Estados Unidos chega a cerca de US$ 245 bilhões por ano, mais da metade do PIB brasileiro. Centenas de pesquisas médicas, que poderiam melhorar a saúde da humanidade estão paralisadas por falta de verbas. Milhões são gastos com repressão ao tráfico, outros milhões são gastos para se construir sistemas penitenciários para encarcerar os traficantes. Cresce a cada dia o número de acidentes nas estradas causados por usuários de drogas ou alcoólatras. Assassinatos, roubos, furtos, seqüestros, e outras manifestações de violência, estão quase sempre associados ao consumo de drogas.
Milhares de famílias estão se desintegrando e tendo as suas finanças solapadas por causa de pais ou filhos na aquisição da droga, dívidas contraídas, tratamentos, internações e honorários de advogados, do tipo "boca de xadrez". Somando-se a isso tudo os dias parados de trabalho, a queda de produtividade nas atividades profissionais e acadêmicas.
Estudo feito na França mostra que a perda de produtividade representa 52% dos prejuízos provocados pela droga.
O uso de drogas não só destrói e prejudica o usuário. Lamentavelmente o usuário de droga atinge diretamente pelo menos de quatro a seis pessoas próximas a ele.
Apesar de ainda estar em idade produtiva, fiquei sabendo por um colega que seu amigo de 43 anos fora aposentado recentemente por invalidez. Ex-funcionário da Caixa Econômica Federal, foi levado pelo próprio gerente do banco para uma clínica psiquiátrica, onde se internou pela oitava vez por causa da dependência de maconha, álcool e cocaína.
Tudo começou quando resolveu beber para aliviar a depressão causada por problemas conjugais. O consumo de álcool e cocaína não resolveu seus problemas emocionais, mas cooperou para a ruína do seu casamento, da sua família e da sua atividade profissional.
Um estudo da ONG Internacional Mentor (que atua na prevenção do uso de drogas por adolescentes) levanta casos em que o prejuízo provocado pelos entorpecentes está relacionado à violência, à mortalidade precoce e às doenças indiretas, como a AIDS, no uso de drogas injetáveis.
Entre as substâncias ilícitas, a maconha é a droga mais usada no Brasil. Mas, o que é a maconha?

MACONHA
A maconha é o nome comum de uma droga originária da planta denominada "Cannabis Sativa".
O haxixe é feito da resina das folhas e flores da maconha e prensado em diversas formas. Ele é geralmente mais forte do que a maconha nativa e pode conter de cinco até dez vezes mais de THC.
Alguns efeitos físicos imediatos incluem: batidas de coração mais rápidas, pulso acelerado, olhos vermelhos ou irritados, boca e garganta secas. Nenhuma evidência científica indica que a maconha possa melhorar a audição, a vista e a sensibilidade da pele, como muitos apregoam. Estudos dos efeitos mentais da maconha mostram que ela pode prejudicar ou reduzir a memória, alterar o sentido do tempo, reduzir a habilidade de fazer as coisas, que requerem concentração, reações rápidas e coordenação, tais como dirigir automóvel ou operar uma máquina. O sistema nervoso central é, a princípio, suavemente estimulado e, mais tarde, torna-se depressivo. O sistema de respiração e circulação de certo modo apressados. Uma reação negativa e muito comum é a "reação de ansiedade e intenso pânico". Pessoas descrevem esta reação como um temor extremo de "perda de controle" que ocasiona o pânico. Outros efeitos secundários observados: moleza, torpor, alucinações. Os usuários regulares da maconha por muito tempo podem se tornar dependentes psicológicos. Eles têm necessidade cada vez maior da droga e precisam obtê-la constantemente para obter o mesmo efeito. Desta maneira, passam a ter mais problemas no trabalho e no relacionamento pessoal. A droga pode tornar-se o aspecto mais importante de sua vida. Assim, o viciado demonstra perda de motivação e direção, seu julgamento se torna imaturo e suas decisões difíceis. E mais, viciar-se em maconha leva, invariavelmente, ao uso de outras drogas mais fortes, como os opiáceos. Uma preocupação maior sobre a maconha é o fato dela exercer influência em jovens que estejam na fase de desenvolvimento. As pesquisas mostram que as pessoas jovens começam usando a droga e continuam experimentando outras drogas, à medida que os anos passam. Quando usam maconha regularmente, é freqüente a perda de interesse pela escola e outros afazeres, diminuindo, inclusive, o senso de responsabilidade. O uso da droga pode interferir no aprendizado da leitura, do pensamento, da compreensão e habilidade. A pesquisa mostra que os estudantes não aprenderam determinadas coisas quando estavam "altos", isto é, sob o efeito da droga. A experiência tem demonstrado que ela afeta os motoristas, tirando-lhes toda segurança no trânsito. O pensamento e os reflexos são vagarosos e os acontecimentos bruscos são constantes. Também a habilidade do motorista na estrada é afetada, levando-o muitas vezes a não perceber uma curva, a distância entre os carros, a velocidade do seu próprio veículo e a frear bruscamente sem percepção. A pesquisa mostra que essas habilidades são prejudicadas mesmo depois de 4 a 6 horas do uso de um simples cigarro de maconha. Se uma pessoa bebe álcool misturado com a maconha, o risco de acidente aumenta grandemente. A droga representa um perigo definido na estrada. Os cientistas acreditam que a maconha possa ser prejudicial aos pulmões porque os usuários freqüentemente inalam a fumaça do cigarro não filtrado, segurando-a profundamente nos pulmões tanto quanto possível. Entretanto, a fumaça está em contato com os tecidos do pulmão por muito tempo, irritando-o e estragando seu funcionamento. O cigarro de maconha contém alguns dos mesmos ingredientes do cigarro comum que podem causar enfisema e câncer. Acrescentando, muitos usuários também fumam cigarro comum; os efeitos combinados destas duas substâncias criam um enorme risco de saúde.
Muitos jovens começam a usar a droga por curiosidade. Ouvem falar tanto sobre o problema que se sentem atraídos a experimentar. Outros começam por causa dos grupos, companheiros geralmente conhecidos, amigos, colegas, irmãos, que fazem parte da turma. Eles sempre tentam usar a maconha porque desejam fazer parte do grupo, sem o que não é recebido. Deve ser ensinado aos filhos como dizer "Não!" à pressão do grupo, e isso deve ser feito pelos pais que devem obter informações sobre a droga para poderem orientá-los corretamente. Não se pode esquecer que muitas vezes o problema está na própria família e os filhos passam a usar a droga como forma de agressão, de revolta ou de frustração. Um dos pontos essenciais é a falta de exemplo em casa ou, o que é pior, a falta de religião e do temor a Deus.
Quando o cigarro de maconha é fumado, o THC, seu ingrediente ativo, é absorvido pela maior parte dos tecidos e órgãos do corpo; contudo, é principalmente encontrado nos tecidos gordos. O corpo, na tentativa de livrar-se da química estranha, transforma o seu metabolismo. Os testes de urina podem detectar o THC mesmo depois de uma semana em que foi usado.

COCAÍNA
Cocaína é uma droga extraída das folhas de "coca", planta que cresce na América do Sul (especialmente no Peru e na Bolívia). Também é um estimulante e age sobre o SNC (Sistema Nervoso Central). A cocaína aparece sob formas diferentes. O hidrocloridrato é a forma mais acessível e é usada medicinalmente como anestésico local; é geralmente um pó fino, branco, como cristal, embora às vezes se apresente em grandes pedaços, os quais, nas "ruas" (entre os viciados) são chamados "rocks" (pedra). Esta droga é aspirada, embora muitos usuários costumem injetá-la.
Quando ela é usada, os efeitos aparecem dentro de poucos minutos (15 a 20 minutos), podendo desaparecer depois de uma hora. Os efeitos mais imediatos são: pupila dilatada, aumento da pressão sanguínea, batida rápida do coração e respiração acelerada, além da elevação da temperatura do corpo. O usuário pode ter até mesmo uma sensação de bem-estar, sentir-se com mais energia e alerta, além de menos apetite. Os perigos variam, dependendo de como a droga é tomada, a dose e o indivíduo que a toma. Alguns usuários regulares apresentam sentimentos de perturbação, irritabilidade, ansiedade e insônia. Em algumas pessoas, mesmo as doses pequenas de cocaína podem criar problemas psicológicos. As que usam doses altas por um período longo de tempo podem tornar-se paranóicas ou experimentar o que é chamado "psicose de cocaína". Isto inclui alucinações da visão, tato, gosto ou cheiro.
Embora poucas pessoas acreditem nisso, a morte por "overdose" pode ocorrer quando a
droga é injetada ou mesmo aspirada. A morte é o resultado de múltiplos ataques ou doenças cerebrais.A droga é muito perigosa. As pessoas usam cocaína repetidamente porque gostam do seu efeito e podem centralizar suas vidas na busca e uso da droga. Isso aumenta esse risco de dependência. Algumas vezes, pessoas que têm usado a droga por longo tempo continuam a usá-la a fim de evitar a depressão que certamente sentiriam se parassem de usá-la. O crescimento da demanda de cocaína, de elevado custo, e o estoque sempre limitado na praça, tem contribuído para se difundir o uso de drogas substitutas que se assemelham à cocaína e podem ter efeitos estimulantes. Essas drogas contêm ingredientes que são legais e que aparecem misturados na cocaína de "rua" (vendida sem nenhuma segurança). São muitas as substâncias utilizadas para serem misturadas na cocaína: farinha, soda, talco e açúcar. Anestésicos locais, como cafeína e outras químicas, também são vendidos como substitutos.

A família, ao tentar ajudar no tratamento do dependente, muitas vezes, atrapalha. A constatação é do psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, presidente do GREA. Ele aponta duas razões para isso. A primeira é que as pessoas próximas ao usuário não sabem lidar com a situação. A segunda é que se tornam dependentes do vício dele. "Elas se acostumam com aquele indivíduo." A solução dos dois problemas, diz Andrade, está no tratamento conjunto do paciente e de seus familiares.
É o que alguns centros de atendimento a dependentes fazem. Na clínica Maia, por exemplo, são promovidas reuniões semanais com as famílias dos internos. Segundo o diretor da clínica, Edmundo Maia, nessas famílias os papéis (mãe, filho, pai) não são bem exercidos. Se elas não forem tratadas, a recuperação do paciente é mais difícil.
Muitos dos anônimos têm um grupo paralelo destinado aos familiares. Neles, os freqüentadores aprendem a não se culpar pela dependência dos outros, a não se deixar chantagear e a impor os limites necessários.
Segundo o Dr Andrade, essa história de que maconha não vicia não procede. A maconha vicia. Ela é uma droga importante porque muita gente não fica viciada, mas mais ou menos 10 a cada 100 pessoas acabam tendo dependência. É, sim, uma síndrome de abstinência menor, mas a maconha vicia.
Neste exato momento existe a possibilidade de seu filho estar usando drogas e você ainda não ter se dado conta disso. Os pais, quase sempre, são os últimos a saber. Por falar nisso, quando foi a última vez que você conversou com seus filhos sobre tóxicos? Quanto tempo tem dedicado para prevenir e conscientizá-los das conseqüências do uso das drogas?


PROVIDÊNCIAS EM CASO DE SEU FILHO ESTAR USANDO DROGAS:

Procure certificar-se desse fato. Peça a sua esposa que fique atenta e juntos comparem suas conclusões. Conversem sobre o assunto a sós.

Uma vez comprovada a situação, não dramatize. Encare com realidade e objetividade. Recriminações, agressividade, violência, lamúrias, ou auto-mortificações não ajudam em nada, pelo contrário, complicam. Mantenha a calma.

Não se recrimine ou procure culpados pela tragédia. Nessas horas é muito comum achar um "bode expiatório".

Tenha uma conversa franca, sincera e leal com seu filho. Procure colocá-lo à vontade. Escolha local e hora adequados. Pessoas envolvidas com drogas, nem sempre estão dispostas a conversar.

Procure descobrir os tipos de drogas e há quanto tempo ele as tem utilizado. Dentro do possível, procure saber a freqüência e dosagem usadas. Tais dados serão de grande valor para a recuperação.

Procure saber os motivos que levaram seu filho ao uso de drogas. Freqüentemente, problemas familiares estão relacionados entre os principais. Sendo este o caso, procurem uma solução.

Nunca chame seu filho de maconheiro, drogado, marginal ou de qualquer outra palavra com sentido pejorativo que possa machucá-lo.

Não ameace expulsá-lo de casa, denunciá-lo à polícia ou interná-lo numa clínica psiquiátrica.

Procure a orientação de seu pastor e/ou de especialistas.

Envolva-se diretamente no processo de cura. A ajuda de um especialista não substitui sua participação.

Envolva toda a família. É chegado o momento de mostrar a seu filho que os melhores amigos estão em sua própria casa.

Lembre-se que o comportamento é afetado pelas drogas. Saiba dosar a recuperação com amor, disciplina, compreensão, energia e diálogo.

Mantenha a disciplina. Em qualquer processo de recuperação ela é fundamental, e está diretamente ligada à autoridade. Conquiste-a.

Afaste seu filho o mais longe possível da "turma". Não tenha receio de usar energia. Use criatividade e saiba providenciar outras opções que possam distanciá-lo do "grupo problema".

Converse com os pais dos amigos de seu filho que possuem o mesmo problema. Alerte-os sobre a realidade.

Sem dúvida alguma, o exercício da fé torna-se fundamental e a oração uma das armas mais eficazes de combate. É uma batalha espiritual constante. Joelho no chão para que seu filho consiga ficar em pé.
Seguramente a Igreja de Jesus Cristo é um dos melhores lugares para a reabilitação de dependentes químicos. Além das boas amizades e dos altos princípios e valores por ela cultivados, existem igrejas que mantém centros de terapia com alto índice de reabilitação. Neste artigo você poderá encontrar endereços de entidades que podem ajudar a você e sua família a mudar o rumo da sua história. Alguns link úteis: www.cerene.com.br e www.cruzazul.org.br

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