sabato 19 gennaio 2008

Chulalongkorn

(1853 – 1910)

Em 1782 a Tailândia começou a ser governada por reis da Dinastia Chakri, instituída naquele ano por Chao Phraya Chakri. Os reis desta dinastia são cognominados por Rama, figura da mitologia tailandesa. Chakri foi, portanto, Rama I.

Em 1851 ascendeu ao trono o rei Mongkut (Rama IV), que governou de 1851 a 1868. Este rei era monge e foi chamado à governação numa época difícil para a Tailândia, em que as potências ocidentais se apoderavam do Sudeste Asiático e pretendiam fazer o mesmo da Tailândia (então chamada Sião). Aquele rei procurou relacionar-se com estes países de forma a evitar a colonização (por exemplo, em 1855 assinou um acordo comercial com o Reino Unido), o que conseguiu durante o seu reinado. Além disso, Mongkut, que era um homem muito viajado e culto, iniciou algumas reformas tendentes à modernização e desenvolvimento da Tailândia. Apesar disso, o retrato feito dele no filme musical americano “O rei e eu” é tal que este filme está banido na Tailândia por se considerar ofensivo da sua figura.

Após a sua morte, em 1868, sucedeu-lhe o seu filho mais velho e da rainha Thepsirin, com apenas 15 anos, o rei Chulalongkorn (Rama V), também conhecido por Phra Chula Chomklao Chaoyuhua, que governou até 1910. Este rei tinha uma boa preparação escolar, alguma proporcionada pela inglesa Anna Leonowens, que também aparece no filme “O rei e eu”.

Rama V prosseguiu as reformas iniciadas pelo pai. É considerado o rei mais importante desta dinastia. Estabeleceu reformas financeiras e administrativas, abolindo a escravatura. Também acabou com o costume de os seus súbditos se prostarem na sua presença. As suas reformas provocaram revolta em alguns políticos da época, que culminou na chamada Crise Palaciana de 1875, liderada por um seu primo. Apesar dos problemas, o rei continuou na sua rota. Estabeleceu relações de amizade com vários países ocidentais, nomeadamente com o Reino Unido e a França, procurando evitar a anexação colonial que se vinha verificando no Sudeste Asiático. Apesar disso teve de ceder à França, em 1893, o Laos, então sob domínio siamês, conseguindo, no entanto, manter a soberania do Sião. A Tailândia orgulha-se de ser o único país da região que não foi colonizado.

(A imagem mostra a estátua equestre do rei Chulalongkorn perto do Pavilhão do Trono Ananta Samakorn, na zona Dusit em Banguecoque, em frente do qual se realiza anualmente a Revista das Tropas, grande cerimónia com a presença dos reis).

Foi o primeiro soberano siamês a viajar para o estrangeiro. Em 1897 e em 1907 visitou a Europa, tendo estabelecido laços de amizade com as monarquias reinantes. Enviou os seus filhos para estudar na Europa.

Com Chulalongkorn, o Sião tornou-se exportador de arroz até aos dias de hoje, principalmente para a Índia e para a China. Foi construída a primeira linha férrea do Sião, para o que contribuiu a permanência de europeus ao seu serviço. Em 1898 foram construídas escolas por todo o país, com livros e um programa do Ministério da Instrução Pública, o que foi acompanhado por uma institucionalização da língua tailandesa escrita. A abolição da escravatura alterou o quadro sociológico do país com a mudança das relações de trabalho, que originou um grande afluxo de chineses para realizar trabalhos antes desempenhados pelos tailandeses, tendo muitos deles dedicado-se ao comércio. Para conseguir estas reformas, Chulagonkorn apoiou-se nos seus irmãos e filhos, que foram substituindo antigos governantes.

O rei governou durante 42 anos tendo morrido em 1910, com 57 anos. Houve uma grande cerimónia para a sua cremação.

Em 1917 foi criada uma universidade com o seu nome, a Universidade Chulalongkorn.

Ainda hoje o rei é venerado pelos tailandeses, sendo comemorada a sua morte no Dia de Chulalongkorn.

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