domenica 18 maggio 2008

Um Deus Brasileiro (www.lhmbrasil.com.br/blog/)

Conheci um homem, a quem chamarei de Nilson, a fim de preservar-lhe a identidade, que era ou é um brasileiro típico. Ele era malandro, procrastinador, enganador, vagabundo, infiel, egoísta, mentiroso, golpista, mas extremamente simpático, gostava de samba, batucada, mulheres, futebol, bebia bem e dava umas cheiradas, também, andava bem vestido e sempre estava acompanhado de seguidores, além de sua amante. Depois de um tempo, conclui que o Nilson era um brasileiro típico. Eu em minha moralidade cristã fajuta, me distanciei de nossa cultura exótica e peculiar. Entretanto, ninguém que eu tenha conhecido incorporava nossos “valores” mais autenticamente do que ele. Sempre que desejava jogar a culpa em alguém por minhas falácias, eu dizia: isso eu aprendi com o mestre Nilson. Me achava parecido com Deus e ele com o capeta.

Os anos passaram e nunca mais vi ou tive notícia do Nilson. Em minhas lutas com Deus, comecei a perceber uma mudança no caráter do divino. No Antigo Testamento ele era aquele Deus forte, guerreiro, intransigente, mandava matar seus inimigos e detratores, enfim , era um Deus arretado. No Novo Testamento, Jesus veio e acabou com a fama do Deus mau e carrancudo. Anunciou que era filho do chefe e deixou claro conhecê-lo melhor do que ninguém e tornou Deus paternal, amoroso, condescendente, perdoador e misericordioso.

Em nossos dias, fomos apresentados por padres, pastores e sacerdotes a um Deus capaz de responder orações, curar nossas enfermidades, resolver nossos problemas financeiros, materiais e emocionais. Durante um tempo acreditei nesse Deus porque funcionava, de certa forma e podia dizer aos outros que Deus era realmente legal. Não sei se foi isso, mas percebi que com a chegada do novo milênio, já no fim do século e milênio passados, Deus mudou.

Talvez tenha sido chamado às terras brasileiras e aos conclames verde-amarelos, em demasia, ou sei lá o que, mas o magnânimo começou a ficar brasileiro, conforme previra o profeta nacional Nostrapeledamus. Passou a não responder mais como antigamente. Quando ligamos para o celular dele, só cai na caixa postal. Quando conseguimos pegá-lo pelo telefone fixo ele manda dizer que está em reunião. Vive em férias. A frase que mais escutamos quando o procuramos é: foi pescar e não tem previsão para voltar. De repente, as escolas de samba, os sambistas, o mundo do futebol passaram a ser abençoados, mesmo sem pedir nada. O PT ganhou a eleição e a re-eleição e parece que vai perpetuar-se no poder. Tudo indica que, à nossa revelia, Deus aprova o Bolsa Família, esse governo charfundado em corrupções e maracutaias, mentiroso, golpista, mas simpático ao povo de baixa renda. Enfim, um povo abençoado por Deus e bonito por natureza.

Claro que eu não me incluo nessas bençãos. Não estou entre o povo de baixa renda e sob as benesses desse novo Deus. Pertenço a outro grupo, aos sem renda alguma, crente no Deus anunciado por Jesus Cristo, mas que parece não existir mais. Estou abandonado à minha própria sorte e a deriva.

Essa madrugada, enquanto orava à moda antiga, solicitando a misericórida do Deus Pai que me foi apresentado, anos atrás, lembrei do Nilson e sua brasilianidade. Então entendi. O Nilson era a encarnação do novo Deus, que veio, caminhou comigo e eu o desprezei, achando-o a cara do diabo. Meu Deus, como sou burro!

Lou Mello ( A Gruta do Lou)

lunedì 5 maggio 2008

Prezzi, pane a un euro nei negozi dei pakistani

A pochi giorni dalla presentazione dell'accordo siglato dalla Regione con i colossi, Coop e Conad, il Comune di Bologna presenta una nuova iniziativa sul fronte del contenimento dei prezzi per i beni di prima necessita'. Il progetto, nato da un'idea del centro formazione e ricerca Don Lorenzo Milani (che ha gia' avviato un'esperienza simile a Pianoro), ruota attorno alla cooperativa sociale "Pronto pane" aperta da un gruppo di sei fornai pakistani con l'aiuto del loro ex datore di lavoro.



Il forno, che ha una capacita' produttiva che arriva fino a 60 quintali al giorno, confezionera' pagnotte a prezzo calmierato che saranno vendute in una rete di sei punti vendita di vicinato gestiti da commercianti pakistani (Pizza Land in via Niccolo' dell'Arca, Grande Fratello in viale della Repubblica, Pizzeria Euro in via delle Moline, Ulfat Pizzeria in via Piave, Euro in via Oberdan, Sole mio in via Cesarini). "Un'iniziativa lodevole e importante", si complimenta il direttore della Caritas di Bologna, Paolo Mengoli, che azzarda un paragone con un episodio celebre della storia della citta'. "Il sindaco Zanardi- ricorda- fece costruire il forno del pane per la povera gente. Ricordarlo con un targa nel nuovo museo sarebbe doveroso in questa occasione". Peraltro, aggiunge, "questi nuovi cittadini di Bologna hanno un'opportunita' d'oro per inserirsi nel tessuto cittadino con un atto di solidarieta' grande". E i panificatori bolognesi? Quando l'assessore al Commercio, Cristina Santandrea, lancio' per la prima volta l'idea del pane a prezzo ridotto solo due fornai (con quattro negozi) aderirono. Nel frattempo, non si e' aggiunto nessun'altro. Anzi, sono fioccate le polemiche e sospetti sulla qualita' dei prodotti a basso costo.(SEGUE) Di recente, poi, l'associazione che raccoglie i panificatori ha annunciato un ricorso contro l'accordo siglato dalla Regione con la grande distribuzione. "Era nel loro diritto protestare", non si scompone Santandrea, che puntualizza: "Noi siamo stati facilitatori rispetto al progetto della cooperativa, inserita in 'Oibo'' (il nome sotto cui vanno le iniziative del Comune di calmieramenti dei prezzi, ndr), ma sono pronta a firmare accordi e rischiare le manette". Insomma, l'assessore ci crede e ha trovato degli alleati. "Il profitto senza solidarieta' e' iniquo", scandisce padre Ottavio Raimondo del centro Don Milani. Poi fa due conti: "Se una famiglia di quattro persone consuma una media di 600 grammi di pane al giorno, in un anno arriva a 220 chili. A un euro al chilo fanno 220 euro, a 4-5 euro fanno piu' di mille euro. La differenza e' di 800 euro, che fanno un salario". Gianni Zaffoli, del centro Don Milani, per evitare "malintesi", precisa che si tratta "di un'iniziativa a favore e non contro qualcuno", nata sulla spinta della necessita' "di fare qualcosa per venire incontro alle famiglie che soffrono di piu' in questo periodo di crisi". La speranza ora e' che altri punti vendita si aggiungano alla piccola rete messa insieme per il varo del progetto. Mengoli auspica persino la nascita di veri e propri "spacci popolari", mentre Santandrea fa sapere che fondi di Mambo andranno anche ai forni. Intanto, il pane a un euro al chilo, che sara' messo in vendita con il marchio "Bologna Pane", e' prodotto in uno stabilimento di 1.200 metri quadrati con macchinari a norma e certificazioni. "E' un prodotto di qualita'", assicura Santandrea.